terça-feira, 15 de maio de 2018

Governo admite novo corte de vagas no Ensino Superior em Lisboa e Porto

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Um despacho publicado esta terça-feira determina o corte de 1100 vagas. Em entrevista à TSF, o ministro da Ciência e do Ensino Superior admite um novo corte de 5% no próximo ano.
Este ano, o corte é de 5%. Para o ano podem ser outros 5%. O ministro da Ciência e do Ensino Superior revela que a redução de vagas nas instituições de ensino superior de Lisboa e do Porto vai continuar.
Em entrevista à TSF, Manuel Heitor explica o despacho publicado prevê que no próximo ano devem ser estudadas medidas propostas pelos Institutos Politécnicos para reforçar ainda mais o Interior.
O ministro admite, por isso, nova redução das vagas em Lisboa e no Porto no próximo ano para inverter a tendência que se tem verificado.
O ministro defende ainda que, com esta redução de 5% das vagas as instituições de Ensino Superior em Lisboa e no Porto vão passar a ter mais capacidade para pós-graduações
Este ano, o concurso de acesso ao Ensino Superior deve começar a 18 de julho. Quando isso acontecer, os candidatos terão menos 1100 vagas em nove instituições do ensino superior em Lisboa e no Porto.
De fora ficam os cursos de Medicina, Física e Tecnologia Nuclear, considerados prioritários pelo Governo e, por isso, não vão sofrer um corte do número de vagas. Todos os outros, ministrados nas instituições de ensino superior de Lisboa e Porto, terão uma redução.
No total, são nove as universidades e politécnicos que, de acordo com o despacho que hoje é publicado, vão arrancar o próximo ano letivo com menos oferta, menos 1100 vagas. A saber: Universidade de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, ISCTE, Instituto Politécnico de Lisboa e Porto, Universidade do Porto, Escolas Superiores de Enfermagem de Porto e Lisboa e Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril.
Em contrapartida, vai aumentar em 5% o número de lugares nas restantes universidades do país. Preferencialmente, define o despacho, na área das ciências da vida, física, matemática, informática e engenharias.
O governo argumenta que esta alteração dos numerus clausus visa corrigir os desequilíbrios territoriais na evolução do Ensino Superior público e apresenta este indicador: entre 2001 e 2017 o número de vagas em Lisboa e Porto aumentou 31%, no resto do país diminuiu 9%.
Os politécnicos aplaudem a decisão do Governo. Menos clara a posição das universidades pelo que o conselho de reitores acabou por não se pronunciar. Entre as instituições que mais críticas teceram a esta mudança, estão as universidades de Lisboa e Porto, também as mais afetadas. A Universidade de Lisboa, em comunicado, avisou que muitos alunos vão acabar por optar por instituições privadas, desistir do ensino superior ou onerar as famílias com uma deslocação forçada para fora da área de residência.

Fonte: TSF
Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

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