“Sabemos que António Arnaut e João Semedo estão certos (…) que haja uma maioria nesta casa que não lhes vire as costas”
O projeto-lei do Bloco de Esquerda para rever a lei de bases da saúde não vai ser votado na generalidade esta sexta-feira. Depois de algum suspense, a decisão do BE foi comunicada no final do debate marcado para esta manhã pelo deputado Pedro Filipe Soares, líder da bancada, que não deixou contudo de fazer alguns reparos duros para com o PS, lembrando que o que está em causa é uma proposta de António Arnaut, fundador do Partido Socialista, e de João Semedo, ex-coordenador do BE. “Só o BE está aqui com uma proposta”, disse Filipe Soares, sugerindo que o PS poderia aliar-se ao PSD para a fazer cair. “Esperemos que haja uma maioria nesta casa que não lhes vire as costas”.
O diploma do BE baixa então à especialidade. Em setembro, é esperada a entrada do projeto-lei da autoria do governo, que deverá acabar por ser discutido em conjunto com a proposta do Bloco. Entretanto o PSD anunciou esta manhã que ainda antes das férias de verão apresentará as suas propostas para rever a atual lei de 1990, disse o deputado Ricardo Baptista Leite na TSF.
No plenário, o deputado social-democrata José Matos Rosa acusou o BE de querer capturar o SNS. Já o CDS, pela voz de Isabel Galriça Neto, alinhou na crítica à direita de que este foi um debate precipitado. O PCP, por seu turno, diz que o problema atual do SNS não é a lei de bases da saúde, mas "falta de vontade política".
Fonte: ionline
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