quinta-feira, 12 de julho de 2018

Sindicato exige intervenção imediata do governo na situação dos despedimentos na MAC


 O sindicato exige “intervenção governamental ao mais alto nível”
A direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) disse, em comunicado, que está preocupada com as demissões dos chefes de urgência da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) – que se despediram poucos dias depois dos chefes de equipa da urgência do Hospital de São José terem apresentado a sua demissão. Perante este cenário, o sindicato veio “reafirmar a sua profunda preocupação com as situações de rutura, causadas, entre outras, pela falta de condições de trabalho e de pessoal médico, com graves consequências para a qualidade da assistência prestada aos doentes”.

O SMZS diz ainda que este problema “atinge contornos de alarme social” exigindo a “intervenção governamental ao mais alto nível”.

A MAC “recebe as grávidas com situações mais complicadas e exigentes”. A urgência do hospital é assegurada por oito equipas, compostas por 39 médicos – 13 deles têm mais de 50 anos, sete têm mais de 55 e dois têm mais de 65 anos. “Os médicos com mais de 50 anos têm o direito a pedir escusa de horário noturno e os colegas com mais de 55 anos podem, ao abrigo da lei, não prestar trabalho em urgência. Se estes médicos decidirem exercer os seus direitos, fica gravemente posta em causa a qualidade e o funcionamento da urgência da MAC”, adianta o sindicato.

No documento, a direção alerta ainda para o facto de não se abrirem concursos e vagas, por parte do Ministério da Saúde, impedindo assim a contratação de mais médicos.

As demissões surgem depois de os diretores do Serviço de Urgência e a Administração do Centro Hospitalar Lisboa Central terem estado um ano em negociações.

“À semelhança da nossa posição relativamente aos chefes de equipa de São José, apoiaremos os colegas da Maternidade Alfredo da Costa em todas as formas de luta que venham ser necessárias”, remata o SMZS.

Fonte: ionline


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