Atualmente, há pesquisas tentando relacionar DNA e várias características, como preguiça, gula e autoestima.
Mas as conclusões ainda não são um consenso no meio científico. O primeiro estudo desse tipo começou em 1979: pesquisadores na Universidade de Minnesota analisaram o sangue, as ondas cerebrais, a inteligência e as alergias de 350 duplas de gêmeos fraternos e univitelinos, criados na mesma casa ou em lares separados. Em 1986, publicaram o resultado: gêmeos idênticos (com o mesmo DNA) apresentaram o dobro de características similares do que os gêmeos dizigóticos (que dividem metade do mesmo código genético). Concluiu-se que a hereditariedade influenciaria em mais de 50%, deixando o restante dividido entre criação dos pais, ambiente e experiências de vida. Uma extensão da pesquisa oito anos depois, porém, reviu esse valor para 40%.
1) Respeito à autoridade e tradicionalismo
Diferentemente do esperado pelos pesquisadores da Universidade de Minnesota, esses foram uns dos traços em que a genética mais impactou no desenvolvimento da personalidade. Segundo o psicólogo David Lykken, a descoberta foi uma surpresa, uma vez que esperava-se que essas características fossem mais fortemente influenciadas pela criação.
2) Inteligência
Após anos discutindo sobre a possibilidade de a inteligência ser herdada geneticamente, a comunidade científica finalmente chegou a um acordo: os genes podem ter uma influência de cerca de 50% sobre o QI de uma pessoa. Ou seja, não adianta só ter pais geniais. O ambiente e a criação têm um papel importante no desenvolvimento do aprendizado.
3)Otimismo e autoestima
Psicólogos da Universidade da Califórnia descobriram que a existência das bases nitrogenadas adenina (A) ou guanina (G) em um local específico do gene responsável pela recepção do hormônio ocitocina influencia os níveis de otimismo e autoestima. Quem tem uma ou duas bases A tem mais chance de sofrer com sintomas de depressão do que quem tem duas G.
4) Gula
Pesquisadores da Universidade de Georgetown acreditam ter isolado, em ratos, o gene que causa aquela larica louca. Ele impede que os neurônios e os hormônios leptina e insulina transmitam ao organismo a mensagem de que a fome já foi saciada. Os cientistas creem que algo similar ocorra no homem – e estão desenvolvendo um remédio para combater o problema.
5) Preguiça
A Universidade de Missouri colocou 50 ratos em gaiolas com rodas de exercício e depois separou os mais ativos e os que ficaram no sossego. Os “malhadores” só procriaram entre si e o experimento foi repetido por dez gerações. Ao final, constatou-se que os ratos com mais disposição demoravam dez vezes mais para parar de correr do que os que descendiam de pais “preguiçosos”.
6) Criatividade
A Universidade de Cornell acredita que ela está ligada ao tamanho das fibras do cérebro, que é determinada geneticamente. Já o Instituto Nacional de Psiquiatria e Vícios de Budapeste associou a característica a genes que reduzem a inibição de emoções e da memória. Assim, uma maior quantidade de dados chegaria à consciência, possibilitando várias conexões e criações.
7) Popularidade
A Universidade Harvard e a Universidade da Califórnia não identificaram um gene que determina a extroversão, mas alegam que ela pode ser passada pelo DNA, sim. Na seleção natural, indivíduos com mais amigos estariam mais bem informados e teriam mais chance de sobreviver. A conclusão foi feita depois de analisar o comportamento social de mil gêmeos adolescentes.
FONTES Sites The Guardian, The Independent, The New York Times, Time, Vice, Daily Mail, NY Daily News, da Universidade da Califórnia e da Universidade Stanford
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