quinta-feira, 25 de outubro de 2018

360º - “Quatro anos são suficientes para estas funções": em entrevista, Pedro Nuno Santos fala do passado e do futuro. EUA: mais engenhos encontrados

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Durante a madrugada foram encontrados mais dois engenhos explosivos nos Estados Unidos: um foi enviado a Joe Biden, vice-Presidente de Obama, e o outro a Maxine Waters, da Câmara dos Representantes, que já recebera outro ontem. A lista dos alvos até agora é esta:
  1. O ex-Presidente Barack Obama;
  2. O ex-vice-Presidente Joe Biden;
  3. A ex-secretária de Estado Hillary Clinton;
  4. A CNN, que recebeu um pacote dirigido ao ex-diretor da CIA John Brennan;
  5. O ex-procurador geral Eric Holder, que não recebeu a encomenda, que acabou no escritório da congressista Debbie Schultz;
  6. Maxine Waters, democrata da Câmara dos Representantes, que recebeu dois engenhos;
  7. O multimilionário George Soros
Todos os alvos estão ligados ao Partido Democrata, o que colocou Trump sob pressão. Ontem à tarde, o Presidente disse, na Casa Branca, com solenidade: "Temos que nos unir". Mas à noite, num comício, já recorreu ao humor: "Já viram como me estou a comportar bem?".

Num artigo de opinião no The New York Times, Alexander Soros, filho de George Soros, escreve sobre "o ódio que nos está a consumir".

Os espectadores da CNN viram tudo em direto: os dois pivots ouviram o alarme dentro do estúdio quando estavam a meio da emissão, a redação foi evacuada e eles continuaram a transmissão da rua, usando dois telemóveis.


Mais informação importante

“Quatro anos são suficientes para estas funções. É desgastante, física e emocionalmente.” Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares com a missão de manter a "geringonça" unida, dá a sua primeira entrevista depois da entrega do último Orçamento da legislatura. Em conversa com o Pedro Benevides e com a Rita Tavares, fala sobre o passado e, mais importante ainda, sobre o futuro. Alguns exemplos:
  • “É uma profunda injustiça dizer que sou um radical que não quer nada com o PSD e o CDS”;
  • “O Orçamento que sai das Finanças, tal como as Finanças o desejariam, não tinha passado uma única vez”;
  • “A componente política, que tenho, é relevante para qualquer função ministeriável”;
  • “Hoje em dia já ninguém me põe no lugar”;
  • “Não estou na grelha de partida com ninguém. Não tenho nenhum padrinho”;
  • “Vendi o Porsche, admito que foi um erro”.

Ontem, durante o interrogatório pelo Ministério Público, o tenente-general Martins Pereira, ex-chefe de gabinete de Azeredo Lopes, terá confirmado que informou o então ministro da Defesa sobre o memorando relativo ao roubo de Tancos. A notícia é avançada pelo Público e pelo CM. O DN escreve que Azeredo Lopes será agora chamado a depor. 

Vieira da Silva foi ao Parlamento tentar explicar a confusão sobre um novo regime de reformas antecipadas. Mas não conseguiu. E irritou-se: depois do ministro das Finanças na véspera, também o ministro da Segurança Social entendeu que os deputados não têm capacidade para acompanhar a profundidade do seu intelecto.

António Costa anunciou finalmente o concurso para a nova ala pediátrica do Hospital de S. João. Pequeno detalhe: não há data para isso.

Sob pressão do PAN, o Governo acabou neste orçamento com a isenção na cobrança de IVA nas prestações dos artistas tauromáquicos. Mas os toureiros podem acabar por ganhar com a medida porque poderão passar a deduzir despesa com artigos que compram.

Cavaco Silva lançou ontem publicamente o seu livro de memórias. Não apareceu ninguém do CDS, mas Passos Coelho esteve na assistência. Elogiando o ex-Presidente, referiu que o livro “diz muito” mas “não diz tudo”. Passos terá "muito para dizer e para juntar" no seu próprio livro, que está a acabar de escrever.

Assunção Cristas abre a porta à presença do novo partido de Santana Lopes num futuro governo de centro-direita. Sobre o PS, diz, em entrevista ao Público e à RR: “Não queremos ter nenhum acordo com os socialistas”. Posta perante a escolha nas eleições brasileiras, revela: "Entre Bolsonaro e Haddad, escolhia não votar".

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita falou pela primeira vez em público sobre o homicídio de Jamal Khashoggi. Distanciou-se do que aconteceu e garantiu que os assassinos serão levados à justiça.

Antes, o príncipe Mohammad bin Salman (conhecido pelas iniciais MBS) tinha protagonizado outro golpe de propaganda: foi fotografado e filmado a dar um aperto de mão ao filho de Khashoggi.

Apesar destes esforços de relações públicas, o regime continua sob pressão. Ontem, soube-se que um aliado do príncipe herdeiro terá falado por Skype com os homens suspeitos da morte de Khashoggi. A ordem que lhes deu terá sido esta: “Tragam-me a cabeça desse cão”.

O FC Porto venceu o Lokomotiv Moscovo por 3-1 na Liga dos Campeões. Na crónica do jogo, o Bruno Roseiro escreve sobre a vitória que permitiu que os mexicanos portistas continuassem a festa em Moscovo depois do Mundial.

Com esta vitória, o FCP tem a certeza de que segue em frente? Nem por isso. A equipa passou em 2014 e foi eliminada em 2015 com sete pontos. “Lançados? No avião para voltar…”, diz Sérgio Conceição.

Depois de Mourinho ter tido de ir a pé para o jogo com a Juventus, o Lokomotiv precisou de recorrer ao metro. O autocarro da equipa ficou preso no trânsito e os jogadores não tiveram outra saída para conseguirem chegar a horas.

A noite de ontem na Champions teve futebolistas portugueses como protagonistas em vários jogos diferentes. Houve um bis, um autogolo, um penálti falhado e outro cometido.


Os nossos Especiais

Depois de passar a primeira volta a dizer que "Haddad é Lula", o PT faz, agora, de tudo para fugir da sombra do ex-Presidente. Seria uma forma de ganhar votos ao centro, mas, como explica o João de Almeida Dias, daí só resultou um novo #elenão. (E Lula também não ajuda: ontem escreveu uma carta da prisão.)
 

A nossa Opinião

Helena Garrido escreve "O regresso dos défices escondidos": "O futuro dirá se Mário Centeno corrigiu estruturalmente as contas públicas ou foi apenas um ministro que usou novas técnicas e tácticas contabilísticas e políticas. O futuro parece estar a chegar".

Eu escrevo "Alegrem-se: somos um país sem problemas": "Vieira da Silva surgiu com uma solução para as pensões. Mas Costa nunca disse que havia um problema. Por isso as pessoas perguntam: se não existe um problema, porque havemos de sofrer com uma solução?"

Paulo Tunhas escreve "As intenções das palavras": "A linguagem é uma coisa que se mexe e procurar imobilizá-la e regulá-la muito certinha é anular aquilo, a tal mobilidade, que lhe permite manter um certo contacto com a realidade a que se refere".


Notícias surpreendentes

Hoje estreia “Halloween”, de David Gordon Green, 40 anos depois do original de John Carpenter. Eurico de Barros escreve que esta "é a melhor conclusão possível para o pesadelo" e dá-lhe quatro estrelas.

Há mais um filme para ver esta semana: “A Revolução Silenciosa” conta a história de como, nos anos 50, um punhado de alunos de um liceu da RDA fez frente ao regime comunista.

Passámos um dia nos bastidores com a diretora artística do Teatro São Luiz, Aida Tavares, que acaba de ser reconduzida para mais um mandato de quatro anos. Houve reuniões, emails, ensaios, planos e uma feijoada à hora de almoço.

Madonna quer contratar um chef de cozinha com experiência em refeições kosher, que seguem as regras do judaísmo. Salário: até 120 mil euros ao ano. Um dos seus locais de trabalho será Lisboa.

Meghan Markle foi retirada de um mercado nas Ilhas Fiji por razões de segurança. Estava demasiada gente à espera da duquesa de Sussex, que está grávida do primeiro filho.

O que é que Kate Middleton usou no regresso aos eventos oficiais? Um vestido de Alexander McQueen, um colar que entrou na família real em 1863, os brincos da princesa Diana e a icónica tiara que a mesma usou em diversas ocasiões e que era da Rainha Mary. O Mauro Gonçalves conta a história destas peças.

Em outubro de 1976, Niki Lauda e James Hunt estavam separados por três pontos antes da última corrida do campeonato de Fórmula 1. Após quase morrer em pista meses antes, o austríaco fez o que nunca tinha feito: pôs a vida antes da meta e perdeu um campeonato. A Mariana Fernandes conta a história, antes da corrida que decidirá o campeão de F1 deste ano, no próximo fim de semana.


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