José Reis, investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, é o novo coordenador do Observatório sobre Crises e Alternativas (Observatório) do CES.
Substitui, assim, Manuel Carvalho da Silva que desempenhava essa função desde a sua criação, e que assume a partir de agora a coordenação do novo Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLABOR), recentemente aprovado pela Fundação para a Ciência a Tecnologia (FCT).
Criado em abril de 2012, em colaboração Instituto para os Estudos Laborais da Organização Internacional do Trabalho, assumiu o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da(s) crise(s) nas suas várias dimensões e manifestações em Portugal. O Observatório tem desenvolvido a sua atividade de investigação em torno de três eixos temáticos: a governação e a democracia; o estudo das dinâmicas no mundo do trabalho; as relações entre finanças e economia e o modo como afetam a vida das famílias, a atividade das empresas e a provisão pública de serviços essenciais. Tem, neste contexto, sugerido uma interpretação das crises como momentos de grande fragilização das formas de organização das sociedades em múltiplos planos e fundamentou esta perspetiva com estudos e análise sobre o contexto europeu e nacional, as políticas, as ideias e as relações socais, com destaque para as laborais, as da proteção social ou as da habitação, e para a ação pública.
Promove igualmente a realização regular de seminários, conferências e ações de formação, a edição de estudos temáticos, em resultado da investigação desenvolvida, e a produção de relatórios de maior amplitude sobre questões relevantes.
O Observatório propõe-se, nesta nova fase, aprofundar as mesmas temáticas, mas alargando os contributos interdisciplinares e de outros especialistas, de modo a cruzar experiências, impactos e colaborações na procura de soluções abrangentes para os problemas diagnosticados. Conhecidos os termos em que se impôs uma economia política da austeridade, e em que se tomaram deliberações para uma recuperação, interessa continuar a ver como esses objetivos se estão a realizar e que aspetos estão fora destas ações constituindo vulnerabilidades que diminuem a nossa capacidade coletiva.
Relativamente ao CoLABOR, este Laboratório Colaborativo, aprovado pela FCT, com uma duração de pelo menos 5 anos, tem por objetivo a produção de conhecimento que suporte a elaboração de políticas sociais, em especial nos domínios do trabalho, do emprego, da proteção e segurança social e da economia social e solidária, resultando da iniciativa partilhada de nove entidades: o CES; o Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa; a Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade; a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; a Delta Cafés Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA; a Mota-Engil, SGPS, S.A.; a SONAE CENTER SERVIÇOS II, S.A; e o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Fonte: NDC
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