domingo, 24 de março de 2019

Câmara Municipal de Aveiro praticou discriminação na distribuição de publicidade a um órgão de imprensa local sobre a Feira de Março


Quando a Câmara a Municipal de Aveiro exige do Governo central um tratamento de equidade na atribuição de financiamentos, está a fazer uso de um direito que lhe assiste, não admite certamente que seja colocada em causa a democracia em Portugal, como também não deixa de reagir a tratamentos discriminatórios no caso de se sentir prejudicada.
Ainda bem que existe democracia em Portugal, e dela ninguém abdica, estou certo, incluindo aqueles com saudades do passado.
Como cidadão em pleno direito de usufruto dos direitos que a Lei Fundamental do meu País me confere, tenho séria dificuldade em aceitar que a Câmara Municipal de Aveiro tenha praticado discriminação na distribuição de publicidade a este órgão de imprensa relativamente à Feira de Março.
Não nos fica bem, exigir do poder central aquilo que não praticamos na nossa área de acção, refiro-me em concreto à não entrega de publicidade ao Litoral Centro – Comunicação e Imagem, com o registo definitivo na ERC nº. 126864, Estatuto Editorial, entre outros requisitos que obrigatoriamente este órgão de informação de âmbito nacional está sujeito.
O mais surrealista foi a resposta que nos foi dada pelo gabinete de comunicação da respectiva Câmara Municipal, a saber: Incube-me o Sr. Dr. Rogério Carlos, Adjunto do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Aveiro e responsável pela organização da Feira de Março 2019, informar que caso pretenda ter acesso aos conteúdos informativos sobre o certame, teremos todo o gosto em acrescentar os seus contactos na base de dados da Comunicação Social”.
Mais “Incube-me ainda de informar que no que à Publicidade diz respeito, neste momento o plafond para a aquisição de publicidade já está fechado, pelo que não será possível contratar publicidade no seu meio de comunicação”. Que resposta tão desprezível!
Estamos perante um claro tratamento de discriminação em relação a um órgão de informação com mais de um milhão e cem mil leitores vs visualizações de página, lido ou pesquisado em mais de 130 países, que recebe conteúdos de eventos de Câmaras Municipais entre outras entidades de norte a sul do País.
Tentámos por 3 vezes contactar com o Dr. Rogério Carlos a saber: uma nas instalações da Feira de Março, outra presencialmente na Câmara Municipal, e por fim, falámos via telefone com o seu secretário, para dar nisto. Convido-a por via deste link a ler o Código de Honra do Jornalista http://litoralcentro-comunicacaoeimagem.pt/sobre/.Vamos estar atentos!”.
Esta a resposta dada ao e-mail enviado pelo gabinete de comunicação da dita Câmara Municipal de Aveiro.
Os critérios que determinam a distribuição da publicidade à imprensa de Aveiro (infelizmente nem sequer tem assim tanta), ou até do Distrito como ainda a de âmbito nacional, leva-nos a pensar que estamos perante os que são “amigos do peito”, os que não “levantam ondas”, aliás, como sempre foi pratica corrente.
Certo Governador Civil de Aveiro disse o seguinte: “Deixa-os pousar!”. Tinha como destinatários um grupo de jornalistas à espera no corredor para confrontar o dito governador de então sobre determinado assunto.
Face ao sucedido vamos mesmo continuar atentos. Não só porque também pagamos impostos, mas, porque Aveiro necessita de jornalismo a sério. Fazer jornalismo sério e construtivo exige o inconformismo de levantar a voz para combater, quando a verdade o exigir, uma obediência servil a homens, combater factores que engendram uma sociedade gasta, incapaz e enferma.
Um jornalista sério não pode adoptar uma posição de conformismo, um alheamento ao fluir dos acontecimentos, que directa ou indirectamente atinge a elevação ou decadência moral e social da comunidade/sociedade.
A Câmara Municipal de Aveiro ficou mal na foto, e assim vai continuar enquanto não reparar a injustiça que em seu nome alguém praticou.

Joaquim Carlos
Director e Administrador

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