terça-feira, 24 de setembro de 2019

No âmbito do Plano de Ação de Vigilância e Controlo da espécie Município de Cantanhede intensifica combate à Vespa Velutina


A Câmara Municipal de Cantanhede tem vindo a intensificar as ações de deteção e eliminação de ninhos da designada vespa Velutina (vespa Velutina Nigrithorax), registando-se nesta altura um número muito significativo dos ninhos destruídos, concretamente 409. Só em 2018, foram eliminados 184 e, este ano, estão já contabilizados 158 ninhos queimados, mas a perspetiva é a de que haverá em breve um aumento dos resultados, em função do investimento em novos meios de combate.

Efetivamente, para fazer face ao enorme potencial de propagação da vespa Velutina, a autarquia cantanhedense tem nesta altura em curso um processo de aquisição de equipamentos que facilitam grandemente a eliminação desta praga, além de que oferecem a grande vantagem de possibilitarem a realização das operações durante o dia, o que até agora, com os recursos disponíveis, não era ainda possível.

Assim, a conjugação da maior capacidade operacional com o aumento do nível de deteção, sobretudo devido ao facto de as pessoas estarem mais atentas e despertas para o problema, é expetável um incremento da eliminação de ninhos tendo em vista a sua erradicação do território do concelho o mais rapidamente possível.

Recorde-se que, no Município de Cantanhede, estão diariamente no terreno equipas que procedem à eliminação de ninhos de vespa Velutina, bastando para isso contactar o Serviço Municipal de Proteção Civil, na Casa Municipal da Proteção Civil – Rua dos Bombeiros Voluntários – ou através do telefone 231 423 818 ou do email proteccao.civil@cm-cantanhede.pt.

Logo que recebem o alerta das situações, os técnicos envolvidos nesse processo efetuam uma primeira visita de reconhecimento para confirmar a existência de ninhos, avaliando nesse momento também qual o método mais recomendado e ou possível para garantir a sua destruição. Posteriormente agendam com o proprietário do terreno em causa a data e a hora em que irão efetuar a operação de destruição.

Contando com a colaboração da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários e também, em muitos casos, de apicultores locais, tais operações são realizadas por pessoal capacitado para o efeito e devidamente protegido com equipamentos de proteção adequados, sendo asseguradas todas as medidas de segurança necessárias para evitar colocar em risco as populações.

A eliminação dos ninhos está a ser efetuada de acordo com o preconizado no Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal desenvolvido pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.), com o contributo do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.).

O objetivo é impedir a disseminação da Vespa velutina e diminuir o seu impacto nas zonas onde já se encontra instalada esta espécie não indígena, cujo problema tem agora maior visibilidade pois é nesta altura do ano em que o número de vespas atinge o seu máximo e os ninhos apresentam grandes dimensões. Os principais efeitos da sua presença manifestam-se na apicultura, sobretudo por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas, e na saúde pública, pois embora não sejam mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçadas reagem de modo bastante agressivo.

No concelho de Cantanhede, o primeiro caso foi detetado em setembro de 2015, na freguesia de Murtede, e desde essa altura alastrou a outras freguesias.

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