O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou, na sua reunião desta segunda-feira, a atribuição de dois apoios pontuais, no valor de 25 mil euros cada, à Orquestra Clássica do Centro (OCC) e ao grupo O Teatrão, para a concretização de projetos educativos e sociais nas áreas da música e do teatro, respetivamente.
A OCC vai continuar, assim, com os projetos “Na Música Todos Contam” e “A Orquestra vai à escola – para jovens de todas as idades”, enquanto O Teatrão prossegue com os projetos “Ver e Pensar: Há tempo para tudo” e “P’rós Grandes: de trás pra frente”.
Estes programas são dirigidos a crianças de jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do Ensino Básico (1º CEB) da rede pública e a idosos de Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho. Até ao momento, já beneficiaram destes programas cerca de mil idosos e três mil crianças.
A CMC promove, desde 2015, o Programa Municipal Socioeducativo, Cultural e Intergeracional junto de crianças e idosos do concelho. Um programa que se desenvolve em duas vertentes, a música e o teatro, e que tem sido concretizado pela OCC e pelo O Teatrão, respetivamente, com o objetivo de criar “comunidades mais participativas e, consequentemente, mais ativas e informadas, combatendo assimetrias sociais e territoriais”, lê-se na génese do projeto. Uma forma da autarquia proporcionar a igualdade de oportunidades no acesso à Cultura a todas as crianças e idosos do concelho.
A OCC implementou, no ano letivo passado, o programa intergeracional em 12 escolas do 1º CEB e de 12 IPSS do concelho. Na primeira fase, a OCC apresentou o conceito de música em várias vertentes, desde a sua variedade de estilos até ao significado da música erudita, numa abordagem feita com exemplos práticos e a intervenção dos músicos. Numa segunda fase, decorreram os ensaios, que juntaram as crianças e os idosos e culminaram na apresentação do espetáculo final, no dia 17 de novembro no Grande Auditório do Convento São Francisco. O espetáculo contou com a participação de 300 pessoas, entre crianças, idosos, elementos da orquestra e os solistas Mariana Pacheco e Mário João Alves, direção do maestro Jan Wierzba, e foi um verdadeiro sucesso, com o grande auditório do Convento São Francisco lotado.
Uma iniciativa que se revelou um sucesso e que leva agora a OCC a voltar a apresentar um novo programa, tendo por base o mesmo plano de ação, onde se prevê a realização de 60 sessões, no total (nas escolas e IPSS selecionadas) e a apresentação de um concerto final no Grande Auditório do Convento São Francisco. Uma ação que este ano é dirigida a 10 escolas do 1º CEB da rede pública e 10 IPSS e que deverá abranger 225 idosos e 169 crianças. Um projeto que, a ser aprovado na segunda-feira, custará à autarquia 25 mil euros de apoio pontual a atribuir à OCC para a concretização do programa.
Já no que diz respeito ao teatro, o projeto foi implementado nos anos anteriores e foram realizados os programas previstos, “Ver e Pensar: Há tempo para tudo”, junto dos jardins-de-infância e escolas do 1º CEB da rede pública, e “P’rós Grandes: de trás pra frente”, nas IPSS. Um programa de comprovado sucesso, que O Teatrão propõe dar continuidade, introduzindo ainda um 4º ciclo de formação. O Teatrão propõe, assim, a iniciação do projeto em seis IPSS, que nunca tiveram contacto com o programa, o seguimento com o 2º Ciclo (Coisas do Amor) em cinco IPSS, o seguimento com o 3º ciclo (Casa – Geografia da Vida) em três IPSS e a criação de um novo ciclo, o 4º ciclo (Tempo de Folgar), que será implementado pela primeira vez em cinco IPSS concelhias, dando continuidade ao trabalho até então desenvolvido.
Relativamente aos mais novos, a proposta passa por dar continuidade ao projeto “Ver e Pensar: há tempo para tudo”, com base num universo de escritos de Miguel Torga. O espetáculo será apresentado a 196 crianças de sete jardins-de-infância e a 587 crianças de sete escolas do 1º CEB, num total de 20 sessões. A implementação do programa por parte de O Teatrão terá um custo de 25 mil euros para a CMC.
NDC
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