terça-feira, 24 de setembro de 2019

Negócios | 10º aniversário da OutSystems em Proença-a-Nova destaca impacto da empresa e das suas parceiras


A Everis será a terceira empresa parceira da OutSystems a instalar-se em Proença-a-Nova, na sequência do protocolo de apoio firmado com a Câmara Municipal, juntando-se à Babel e à Noesis que já se encontram a trabalhar na vila utilizando a tecnologia da OutSystems. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 20 de setembro, pelo presidente da autarquia durante a comemoração dos dez anos da abertura do polo de Proença-a-Nova pela OutSystems. “De acordo com o processo negocial, a Everis contará numa primeira fase com um espaço para até 50 colaboradores”, revelou João Lobo. Atualmente, contando com os 70 colaboradores da OutSystems e os mais de 20 de Babel e Noesis, o impacto estimado da presença deste ecossistema no concelho é superior a 360 mil euros anuais. João Lobo justifica assim o apoio diferenciado à empresa – por exemplo, as instalações da multinacional são propriedade da Câmara. “Com a estratégia definida, temos hoje a certeza do impacto que gera o ecossistema que está criado com a OutSystems e os seus parceiros”, refere João Lobo. A reconversão de licenciados com a formação de Low Code Developer ou a aposta no curso profissional de Técnico de Informática-Sistemas na Escola Pedro da Fonseca são exemplos de como a multinacional está a impactar toda a região, criando emprego qualificado ou formando de acordo com as necessidades de mercado. 

A 21 de setembro de 2009, quando os primeiros sete recém-licenciados se apresentaram no antigo Gabinete Técnico da Câmara Municipal, todos estariam longe de imaginar o impacto que essa decisão teria no médio prazo para o concelho e a região. Ricardo Araújo, diretor de Talento do Ecossistema da OutSystems, João Paulo Catarino, atual secretário de Estado da Valorização do Interior e à data presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, e Rui Pereira, fundador e vice-presidente da OutSystems, recordaram as histórias por detrás do sucesso que atualmente é reconhecido a este projeto. A decisão de abrir um polo deveu-se à vontade de internacionalização da OutSystems, começando por uma experiência a mais de 250 quilómetros de Lisboa para testar métodos de trabalho. Houve uma competição entre vários concelhos, tendo a atitude do autarca de Proença-a-Nova sido determinante. “De repente finalmente aparece um presidente que começa a fazer com rapidez e a coisa acontece. Fundamentalmente nós estamos aqui porque o João Paulo naquela altura foi mais rápido que os outros todos”, recorda Rui Pereira. “Problemas nunca houve, só houve soluções”. 

Ainda antes de se tornar empresa unicórnio avaliada em mais de mil milhões de dólares, a OutSystems teve de ultrapassar diversos desafios – externos e internos – para consolidar o trabalho desenvolvido em Proença-a-Nova. Um deles foi desmontar a ideia de que os recém-licenciados só ficariam cerca de três anos no polo, preferindo depois ir trabalhar para os grandes centros urbanos, e de que não iriam conseguir atrair pessoas do litoral para vir para o interior. 10 anos depois, a experiência mostra que é possível e que há muitos colaboradores que privilegiam a qualidade de vida destes territórios, sendo que entre os colaboradores da OutSystems já há 20 crianças. “Hoje estão 100 programadores no contexto de uma vila de um dos concelhos mais envelhecidos de toda a Europa e não foi preciso investir milhões para conseguirmos fazer isso. Começámos por construir desde pequeno com uma visão grande e hoje em dia conseguimos mostrar que é possível fazer um projeto que vamos fazendo crescer, também naquilo que é a população”, refere Ricardo Araújo.


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