Dois homens, um deles com mandado de detenção europeu e o outro procurado há vários anos, foram detidos em Lisboa, na zona de Alcântara, esta semana, informou hoje a PSP em comunicado.
Através da Divisão Criminal da PSP de Lisboa, o primeiro, de 41 anos, foi detido na quarta-feira depois de comprar droga na zona de Alcântara. Estava em fuga das autoridades suecas há vários anos por crimes relacionados com tráfico de droga na Suécia.
Foi presente no Tribunal da Relação de Lisboa para determinação do cumprimento da pena de prisão efetiva.
Na quinta-feira foi preso, também na mesma zona da cidade, “um cidadão considerado como um dos mais cadastrados do país”, com um longo historial de crimes mas também de fugas, de acordo com o comunicado da PSP.
O homem, um português de 74 anos, tinha também um mandado de detenção, mas nacional, para cumprir pena de prisão efetiva.
No comunicado a PSP conta que o homem chegou no passado a ser apelidado de “Dillinger”, quando nos anos 1970 era “um famoso delinquente” da capital, conhecido por roubos, homicídios, burlas qualificadas e falsificação de documentos.
A alcunha relacionava-se com um famoso norte-americano assaltante de bancos, John Dillinger, do início do século XX.
O português “Dillinger” foi protagonista de diversas fugas da prisão, uma delas a grande evasão da cadeia de Vale de Judeus em 1978, quando os presos escavaram um túnel de dezenas de metros de comprimento e escaparam por ele.
Em 2005 foi detido em Espanha e extraditado para Portugal para cumprimento de sete anos de prisão.
E em 2016 “integrou um bando de velhas glórias na prática criminal, com os quais praticou diversos furtos qualificados sobre idosos, lucrando com isso o levantamento de grandes quantias de dinheiro nos CTT e agências bancárias por todo o distrito de Lisboa”, conta-se no comunicado.
O homem agora detido foi em 2917 investigado pela PSP por burlas qualificadas, uma delas a burla do “euromilhões”. Apesar de os seus parceiros terem sido detidos ele conseguiu escapar, mantendo-se desaparecido até à passada quinta-feira.
Além do mandado de detenção para cumprimento de um ano e 10 meses de prisão efetiva, o detido foi agora notificado da acusação do processo das burlas qualificadas, do qual virá expectavelmente a ser condenado, em cúmulo jurídico, a uma pena de prisão efetiva de maior grandeza, diz a PSP.
Lusa / Madremedia
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