É objetivo da autarquia, depois de tratar e catalogar todo o material doado, disponibilizar o espólio ao público para que possa ser apreciado.
O espólio do fotógrafo amador aguedense António Breda foi doado à Câmara Municipal de Águeda, que agora vai tratar e catalogar todo o material para que, depois deste processo, possa ser disponibilizado para apreciação do público.
Trata-se de um espólio que resulta do trabalho que António Bernardo de Figueiredo Breda, natural de Águeda, fez enquanto fotógrafo amador ao longo dos anos e que a sua herdeira, Maria Ana Almeida Costa, decidiu doar à Câmara Municipal. Entre este material está todo o seu espólio arquivístico, fotográfico, videográfico e audiográfico.
A Câmara de Águeda lidera uma aposta clara e sustentada na área cultural em todo o concelho, seja no estabelecimento de redes institucionais com outras áreas do poder público como na articulação com os diversos agentes culturais, com as empresas, com as associações concelhias e com os próprios artistas.
O posicionamento estratégico da Autarquia, nesta área, passa pelo desenvolvimento de políticas culturais diversificadas, apostadas na formação de novos públicos, na valorização do património e da memória local, bem como na atração de visitantes, afirmando Águeda no contexto local, regional e nacional como um Município de referência na área cultural.
“É importante continuar a garantir a salvaguarda do nosso património histórico e cultural e, consequentemente, promover e divulgar este acervo, passando às gerações futuras as nossas memórias e tradições”, disse Elsa Corga, Vereadora da Cultura da Câmara de Águeda, acrescentando que o espólio de António Breda é uma mais-valia para a valorização e divulgação deste património cultural de inegável valor.
Quem foi António Breda?
António Bernardo de Figueiredo Breda nasceu em Águeda a 1 de janeiro de 1941, tendo frequentado a Escola Comercial e Industrial de Águeda, onde concluiu o Curso Geral de Comércio. Desde cedo começou o interesse por fotografia integrando um grupo que aproveitava as películas inutilizadas das sessões no Cine-Teatro de Águeda.
Em 1966 integrou uma instituição bancária, depois de ter estado na vida militar nas antigas colónias portuguesas, onde praticou a fotografia em grande escala. Deste então, dedicou-se à arte da fotografia, tendo surgido naturalmente as grandes reportagens e, consequentemente, as exposições. Foi ainda colaborador do Diário de Coimbra e do Diário de Aveiro.
Grande parte da sua vida foi dedicada à recolha fotográfica e à preservação do passado de Águeda em diaporamas. O seu espólio possui mais de 1.000 fotos alusivas a Águeda e é detentor de mais de 5.000 diapositivos sobre motivos aguedenses, traduzindo-se no maior espólio do país respeitante a Águeda. Foi ainda um fervoroso dedicado à recolha de entrevistas e à execução de pequenos filmes realizados em super 8, ainda não exibidos e que fazem parte deste espólio, que já está na posse da Câmara Municipal de Águeda.
A par da preservação deste importante espólio, mantendo a sua integridade, pretende-se divulgar o seu conteúdo perpetuando a memória de António Breda e o impacto do seu trabalho no desenvolvimento cultural do concelho.
Fotografia: João Clemente, Elsa Corga, Maria Ana Almeida Costa, Jorge Almeida e Cristina Queirós
Nenhum comentário:
Postar um comentário