O
jovem de nacionalidade brasileira estava a trabalhar numa obra e caiu
do andaime a cerca de 25 metros de altura.
Os pais, a residir no Brasil, contactaram-me a solicitar
acompanhamento. Uma das preocupações que o pai me transmitiu era o
receio de que fosse menos
bem tratado por não ser cidadão português.
Tranquilizei-o, garantindo que as pessoas são tratadas em Portugal
da mesma forma, independentemente da sua nacionalidade.
Fui
para o hospital
(São José, em Lisboa).
O que constatei deixou-me tranquilo. Após a aparatosa queda, algum
cidadão vizinho do prédio onde trabalhava terá comunicado de
imediato aos serviços de urgência. Cerca
de cinco minutos após o acidente
a ambulância chegou, com meios de primeiros socorros adequados. O
jovem foi tratado no local para chegar ao hospital especializado com
vida e estabilizado. Chegado ao hospital foi de imediato tratado.
Transmiti
aos desesperados pais que o
filho estava nas melhores mãos e no hospital adequado para os
traumatismos que tinha. Ajudou
a cuidada e elogiosa disponibilidade dos profissionais do hospital
para informar do estado clínico do jovem.
Mais
tranquilo, dentro do possível, o pai perguntou se era preciso
dinheiro
para o hospital.
Assegurei que o nosso sistema de saúde não funciona dessa maneira.
Reforcei que o filho teria os melhores cuidados e o
dinheiro não era questão que o hospital colocasse
para dar o melhor tratamento. Não vi o rosto de alívio do pai, mas
senti a sua surpresa pelo que estava a transmitir.
Vivenciando
este exemplo, posso e devo confirmar que o sistema de assistência
hospitalar em Portugal funciona.
EDUARDO
COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa
Regional
Destaque:
“Vivenciando
este exemplo, posso e devo confirmar que o sistema de assistência
hospitalar em Portugal funciona.”
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