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O desafio
pretende desenvolver soluções para desafio do envelhecimento cruzando a
tecnologia e as questões sociais. Representante da Gulbenkian afirmou que
desafio teve uma "adesão maciça".
Cerca de 160
profissionais, entre os quais investigadores, arquitetos, engenheiros e
cuidadores, participam, no fim de semana, numa maratona de programação na
Fundação Calouste Gulbenkian para desenvolver tecnologias que facilitem o
dia-a-dia dos idosos.
Os
participantes vão “trabalhar em permanência, durante os dois dias, no sentido
de desenvolverem soluções para os desafios do envelhecimento”, no âmbito da
iniciativa ‘Hack for Good’, disse à agência Lusa Luís Jerónimo, do Programa
Gulbenkian Desenvolvimento Humano.
Segundo Luís
Jerónimo, a iniciativa pretende “cruzar dois mundos”, o da tecnologia e o das
questões sociais, que são “um desafio para o século XXI”, para o qual é preciso
encontrar “novas soluções”, tendo sido definidas oito áreas: comunicação e
relações sociais, estimulação cognitiva, transferência de conhecimentos, saúde
e bem-estar, nutrição, finanças pessoais, cuidadores e mobilidade.
O desafio
lançado pela Gulbenkian superou as expectativas, com “uma adesão maciça de
participantes”, disse Luís Jerónimo, um dos organizadores da iniciativa.
“Tivemos 417
candidaturas, entre equipas e pessoas individuais a quererem estar connosco
estes dois dias”, mas “não tínhamos possibilidade de juntar tanta gente” e
selecionámos 160, que ficaram organizados em 36 equipas, adiantou.
Sobre o perfil
dos participantes, o responsável disse que é variado”: “Apesar de haver uma
predominância das engenharias mecânica, eletrónica, ‘software’, há também
‘designer’, arquitetos e pessoas que trabalham com a população idosa”.
A acompanhar
os participantes vão estar 40 mentores, especialistas nas áreas da tecnologia e
do envelhecimento, que os irão apoiar para garantir “um melhor desenvolvimento
das ideias”.
“Vamos ter
também pessoas mais velhas para dar a perspetiva do utilizador e para
assegurar, na medida do possível, que as soluções desenvolvidas” vão ajudar a
superar “problemas do dia-a-dia” dos idosos.
As dez ideias
consideradas com “mais potencial” serão apresentadas na tarde de domingo a um
júri, que selecionará três projetos, que terão acesso a serviços de
consultadoria ou de acesso gratuito a algumas plataformas tecnológicas,
testadas na maratona.
Luís Jerónimo
adiantou que a melhor ideia será premiada com 5.000 euros e a segunda com 2.000
euros.
“Tem sido um
trabalho de parcerias entre instituições que lidam com as questões do
envelhecimento, empresas e organizações da área da tecnologia”, o que demonstra
que “há muito entusiasmo e empenho de pôr a tecnologia ao serviço” dos
problemas das pessoas, sublinhou.
O objetivo é
que as ideias nascidas nesta iniciativa “venham a ser concretizadas e
implementadas num futuro que se quer o mais próximo possível e a Fundação
estará apostada em torná-las realidade”, porque isso será “o verdadeiro impacto
e sucesso desta iniciativa”.
Fonte: Lusa
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