sexta-feira, 22 de abril de 2016

CDS quer levar Programa de Estabilidade a votos no Parlamento

Também o Plano Nacional de Reformas deverá ir, segundo o CDS, ao Parlamento, por se tratarem de dois documentos que devem ser vistos em conjunto. Já o PSD fez saber que, embora se posicione contra, discorda da necessidade de sujeitar os programas a votos na Assembleia da República.
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O CDS-PP vai apresentar um projeto de resolução para levar o Programa de Estabilidade a votos no Parlamento.

O documento foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros, tendo o Governo se comprometido com uma aceleração ligeira do crescimento económico e com um excedente orçamental de 0,1% do PIB em 2020.

Em declarações aos jornalistas, a líder do CDS justificou a decisão dizendo que o “documento retoma uma narrativa antiga de esconder debaixo do tapete e empurra com a barriga aquilo que é a realidade do país”.

“Preocupa-nos ouvir no dia a seguir o Conselho de Finanças Públicas a dizer que o Programa de Estabilidade nem sequer reflete aquilo que o Plano Nacional de Reformas está a discutir durante este mês no Parlamento”, explicou ainda, referindo-se àquilo que diz ser um caminho errado.

Assunção Cristas pretende que os que apoiam o Programa de Estabilidade “o possam dizer expressamente, votando”.

Também o Plano Nacional de Reformas deverá ir, segundo o CDS, ao Parlamento, por se tratarem de dois documentos que devem ser vistos em conjunto.

Entretanto, também o PSD fez saber que será sempre contra o Programa de Estabilidade (PE) e o Plano Nacional de Reformas do Governo socialista. Porém, discorda da necessidade de serem votados no parlamento.

"Da parte do PSD, não existem dúvidas de que a maioria de Esquerda, de Governo - PS, BE, PCP e "Verdes" -, apoia este caminho errado. Portanto, não víamos necessidade e utilidade em submeter o PE a votação", começou por esclarecer o vice-presidente da bancada do PSD, Leitão Amaro.

"Evidentemente, todos os partidos são livres, tal como o Governo, a sujeitar o PE a votações e, havendo algum que o faça, o PSD não deixará de votar num sentido que demonstre a sua discordância profunda com o exercício e a forma irrealista e não credível de governar e a falta de ambição e vontade reformista e de capacidade para resolver os problemas estruturais do país", concretizou.

[Notícia atualizada às 14h20]

 Fonte:Noticiasaominuto

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