Os 'encarnados' bateram o Marítimo e juntam a Taça da Liga à conquista I Liga.
Confirma-se a tradição: cada final da Taça da Liga disputada pelo Benfica é uma Taça da Liga ganha. Os ‘encarnados’ bateram o Marítimo por 6-2 e conquistaram a prova pela sétima vez nas suas nove edições.
O Marítimo até foi a equipa que melhor entrou em campo, naquilo que chegou a parecer um massacre. Três minutos, três oportunidades de golo para os insulares. Na primeira, valeu a velocidade de Jardel. Nas outras duas, valeu um ‘gigante’ Ederson.
O Benfica viu-se em claras dificuldades para estancar esta avalanche ofensiva, muito devido à velocidade da frente de ataque do Marítimo. Luisão, regressado de lesão, denotou uma clara falta de ritmo e ‘sofreu’ para acompanhar os adversários.
No entanto, como em tantas vezes esta temporada, valeu a eficácia do ataque ‘encarnado’. Na primeira oportunidade de que dispôs, Jonas fez o primeiro. Oito minutos depois, Mitroglou fez o 2-0. Aos 38 minutos, o grego, exímio na finalização, fez o 3-0. Eficácia irrepreensível da dupla greco-brasileira.
O Marítimo bem tentou resolver, sempre procurando as costas do debilitado Luisão, mas foi Ederson, que tanto brilhou, que, numa saída em falso, acabou por permitir o primeiro golo do Marítimo a João Diogo.
Na segunda parte, o Marítimo colocou uma velocidade acima e deixou o Benfica em ‘cacos’. Domínio avassalador por parte dos insulares, que pecaram sempre na hora de decidir a conclusão das jogadas.
À imagem do que sucedeu na primeira parte, o Marítimo não marcou… e sofreu. Nico Gaitán recebeu a bola de Jonas, aguentou, aguentou, aguentou… e, com um toque de classe, fez o 4-1. Depois de tanto sofrer nesta segunda parte, os benfiquistas puderam, por fim, respirar de alívio.
Fransérgio, de grande penalidade, ainda fez o segundo dos insulares. Jardel respondeu com um golo de cabeça e Raúl Jiménez fechou a contagem na meia dúzia. O Benfica venceu a Taça da Liga uma semana depois de conquistar o campeonato e acaba a época desportiva com uma ‘dobradinha.
Momento do jogo: Naquilo que estava a ser um autêntico massacre nos minutos iniciais, houve um homem que teve mais cabeça fria do que todos os outros. Jonas recebeu a bola no centro da área, teve a clarividência necessária e, no meio do caos que foi a defesa do Marítimo, abriu o marcador. O ‘suspeito do costume’, num lance tão simples, deu ao Benfica um importante estímulo para respirar e colocar ‘gelo’ no jogo.
Rui Vitória: O regresso de Luisão, após lesão, foi uma das principais notas de destaque… mas não a melhor. O central brasileiro, juntamente com André Almeida, formaram uma ‘auto-estrada’ para o ataque do Marítimo. Do outro lado da defesa, Grimaldo surpreendeu com uma bela exibição. Inteligente na abordagem ao jogo, sempre com critério, quer a defender, quer a atacar, acabou por ser um dos melhores e uma aposta ganha do técnico ‘encarnado’. Nota, ainda, para a clara falta que a equipa sentiu de Fejsa. Samaris não esteve mal, mas, com o sérvio, nunca o Benfica teve tão largos momentos de jogo partido como hoje.
Nelo Vingada: A lição estava bem estudada: aproveitar a menor velocidade da defesa benfiquista, em especial do lado de André Almeida e Luisão, para surpreender com bolas nas costas. A estratégia funcionou, já que os insulares muitas vezes colocaram em apuros a defesa ‘encarnada’, mas notaram-se alguns problemas na hora de defender. Na segunda parte, adiantou a equipa no terreno e só a fraca finalização impediu uma surpresa.
Homem do jogo: Ederson, sem sombra de dúvidas, foi a grande estrela desta final da Taça da Liga. O guarda-redes, com uma exibição fantástica, negou, durante a primeira parte, pelo menos três oportunidades de golo claras do Marítimo. Antes do primeiro golo do Benfica, já o brasileiro tinha realizado duas incríveis estiradas, o que demonstra a sua elevada influência nesta vitória e acaba por ‘limpar’ o erro no golo sofrido.
Fábio Veríssimo: Uma exibição tranquila por parte do árbitro da Associação de Futebol de Leiria, sem lances de especial dificuldade de análise. No lance da grande penalidade que dá o segundo golo do Marítimo, decisão correta. Já o penálti do Benfica parece mais duvidoso, mas sem qualquer influência na vitória 'encarnada'.
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