Fundado há 14 anos, o Centro Social da
Paróquia de Gualtar disponibiliza respostas sociais que vão desde a primeira
infância à terceira idade.
Assim, na primeira resposta dirigida
para a infância, o centro tem a Creche e o Jardim-de-Infância (Pré-escolar). Na
Creche oferece equipamentos de natureza socioeducativa, vocacionados para o
apoio à família e à criança, destinado a acolher crianças até aos 3 anos de
idade.
Cândida Duarte, directora técnica da
creche e educadora na instituição explica que a creche divide-se em dois
módulos. “Proporcionamos actividades diversificadas, onde as crianças aprendem
brincando. Estimular os sentidos, adquirindo valores, sempre baseado nos
afectos”.
O Jardim-de-Infância (Pré-escolar) sob a
coordenação pedagógica de Vânia Silva, presta apoio socioeducativo naquela que
é a primeira etapa da educação básica, sendo complementar da acção educativa da
família. Atende utentes com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos até ao
ingresso no ensino básico.
No total, perto de 150 crianças
frequentam a creche (83) e o jardim-de-infância (65), embora a instituição só
tenha acordo com a Segurança Social para 44 crianças no caso da creche e no
jardim-de-infância para 60.
Em tempos, já teve ATL, mas alterações
nas políticas governamentais ditaram o seu encerramento, levando à
reorganização dos espaços na resposta de apoio à infância. “Já tivemos ATL,
aproveitamos essa mudança para rentabilizar outras respostas sociais, como foi
o caso da creche”, contou o presidente do centro.
O padre Domingos Brandão, presidente do
Centro Social e Paroquial de Gualtar lamenta a inst abilidade das políticas que
quem governa, colocando, muitas vezes, em causa as opções e o trabalho
desenvolvido pelas IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social).
“Actualmente, a dificuldade é não podermos contar com nada, não haver certezas
de nada. É como um casamento, onde as pessoas se entregam com total confiança”,
afirmou o padre Domingos Brandão, advertindo que “hoje é mais perigoso ir para
uma IPSS porque não sabemos o que podemos contar. O responsável pela
instituição recorda que logo no início da criação do centro, estava tudo
preparado, com a respectiva luz verde da Segurança Social para avançar e,
surpreendentemente tudo mudou.”
“Com esta maré de incertezas, a
instituição tenta equilibrar o barco que está pelas pontinhas”, explicou o
padre Domingos Brandão, adiantando que “em matéria de sustentabilidade há
desequilíbrio nas diferentes respostas sociais. Temos valências que dão
prejuízos e que são suportadas por outras. No caso do segundo módulo da creche
tivemos que contratar pessoal e, simplesmente, não há acordo com a Segurança
Social o que tem desequilibrado as coisas.”
O presidente da instituição realça a
condições do centro. “Temos excelentes condições para albergar os nossos
utentes. A instituição nasceu a partir de uma casa que foi deixada por herança
de uma benemérita à paróquia”, frisando que “este é um espaço esplêndido onde
funciona exclusivamente para a acção social”. Neste espaço funcionam as várias
respostas sociais, nomeadamente o apoio à terceira idade e à infância,
concretamente o Centro de Dia, o Serviço de Apoio Domiciliário, a Creche e o
Jardim-de-Infância.
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