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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje, quando questionado sobre as dificuldades de entendimento entre partidos apontadas pelo presidente do PSD, que já "existem consensos" em algumas áreas, embora não formalizados.
Em entrevista ao semanário Sol no sábado, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, admitiu ser muito difícil concretizar consensos com o PS sobre as principais reformas de que o país precisa, enquanto existir a "fase da miopia" e a "negação da realidade".
Em resposta, o primeiro-ministro, António Costa, comentou estas declarações com a expressão "é a vida".
Falando em Roma, à margem de uma receção na residência do embaixador de Portugal em Itália, o chefe de Estado português disse aos jornalistas que "existem consensos mesmo quando os próprios dizem 'não, eu não tenho a noção de que esteja em consenso'".
Como exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que no setor da Saúde "não há da parte de quem não está hoje na área do Governo grandes objeções ao essencial" da política desenvolvida.
"Significa que no dia-a-dia há um consenso tácito, um consenso que não exige assinatura. Há uma convergência de posições", acrescentou.
No seu entender, há também entendimentos em áreas como a Defesa ou a Política Externa.
Há "consensos em vários domínios que se vão formando ao longo do tempo, mesmo quando os próprios não têm a noção de que vivem em consenso", reforçou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado disse também que os portugueses "têm razões para evocar com alegria" o 1.º de Maio desde que há democracia em Portugal e que o Dia do Trabalhador, hoje assinalado, pode ser comemorado em liberdade.
"Antes de haver democracia, o 1.º de Maio era um dia de contestação e de repressão e não de liberdade. Há liberdades dos trabalhadores, há liberdades sociais, há direitos económicos possíveis pela Constituição devido à democracia", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa qualificou ainda como "de simpático elogio" as afirmações de Pedro Passos Coelho de que há "uma certa imagem de felicidade que irradia do Presidente".
"Mal fora que o Presidente irradiasse infelicidade, azedume, má disposição com a vida e com os portugueses. Portanto, que bom isso ser reconhecido, haver um elogio ao Presidente que irradia aquilo que deve irradiar", declarou o chefe de Estado.
Fonte: Lusa
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