segunda-feira, 2 de maio de 2016

Metade das crianças asmáticas tem a doença por controlar

rtp.pt
Todos os anos são gastos 40 milhões de euros no atendimento de crises de asma em crianças, informa um estudo. Em Portugal existem cerca de 175 mil crianças e adolescentes que sofrem de asma.
Metade das crianças asmáticas em Portugal tem a sua asma por controlar e todos os anos são gastos 40 milhões de euros com urgências ou atendimentos devido a crises de asmas na infância, indica um estudo.
Os resultados parciais do estudo Custo da Asma na Criança, a que a agência Lusa teve acesso, mostram que, em média, cada criança com asma vai 1,6 a 1,9 vezes por ano a serviços de urgência.
O Dia Mundial da Asma, que se assinala esta terça-feira, o estudo refere que são gastos por criança entre 400 a 700 euros por ano em idas às urgências ou atendimentos não programados por causa da asma por controlar.
“Verificou-se que o principal fator agravante de custos é ter a asma não controlada.
O custo médio por criança com asma não controlada é duas a três vezes superior ao de uma criança com asma controlada”, referem os responsáveis do estudo, orientado por um professor do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e que contou com o apoio da Fundação Gulbenkian.
O estudo abrangeu a análise de crianças asmáticas portuguesas até aos 17 anos. Em Portugal existem cerca de 175 mil crianças ou adolescentes asmáticos, uma prevalência de 8,4%.
A investigação avaliou ainda o impacto que a asma tem no quotidiano das crianças e verificou que, em cada ano, as crianças asmáticas portuguesas faltam mais de 500 mil dias à escola devido à doença. Em média, uma criança asmática falta seis dias num ano letivo.
Concluiu-se ainda que o absentismo das crianças, e respetivo absentismo laboral dos cuidadores, é três vezes maior em quem não tem a asma controlada.
A asma é uma doença crónica, não tem por isso cura, mas pode ser controlada, através de medicação. A asma diz-se controlada perante a ausência de sintomas, sem necessidade de medicação de alívio (ou medicação mínima) e sem crises ou exacerbações.
Fonte: Lusa

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