Os administradores executivos e não executivos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentaram a demissão ao Governo. O Ministério das Finanças diz que ficam até serem substituídos.
De acordo com o Público, a equipa que terminou o mandato em dezembro, liderada por José de Matos, faz saber numa carta enviada ao ministro das Finanças, Mário Centeno, com data de 21 de junho, que as condições para se manter no exercício de funções se tinham esgotado.
Os atuais gestores máximos do banco público deram a conhecer a decisão aos funcionários esta segunda-feira.
Numa linguagem dura, os administradores remetem para o Governo a responsabilidade pela resposta à indefinição que paira há meses sobre o maior banco do sistema, sem ter sido ainda nomeada uma nova equipa de gestão para o banco público apesar de o Governo já ter anunciado a chegada de uma nova administração.
O Ministério das Finanças já confirmou ter recebido uma carta de demissão conjunta da administração, mas assegura que os gestores “ficam em funções até serem substituídos“. “Não vai haver nenhuma ausência de administração na CGD”, sublinha a tutela.
O Governo corre agora contra o tempo para garantir que António Domingues, ex-vice presidente do BPI, vai assumir rapidamente o cargo e clarificar a estratégia que o grupo estatal vai seguir nos próximos três anos.
O Jornal de Negócios descreve que o processo de análise da idoneidade da nova administração já se iniciou, e esta está à espera de avaliação do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu para entrar em funções.
É neste contexto que, esta terça-feira, toma posse a Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos, liderada pelo deputado social-democrata José Matos Correia.
Imposta pelo PSD e o CDS devido às alegadas necessidades de liquidez acima do esperado da Caixa Geral de Depósitos, a comissão de inquérito vai analisar a gestão do banco público desde 2000.
ZAP
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