Um oficial de justiça está entre os
quatro homens detidos, esta segunda-feira, em Faro, pela Polícia Judiciária,
por suspeita de corrupção passiva, por alegadamente ter fornecido informações
de imóveis em processos de execução.
"Há
suspeitas de que o funcionário judicial, em colaboração com um empresário,
tenha fornecido informações privilegiadas, a que tinha acesso pelas suas
funções, sobre propostas de aquisição de imóveis feitas em processos de
execução, cobrando por cada informação quantias de cerca de 2.000 euros",
informou a Procuradoria da Comarca de Faro na sua página na internet.
O
empresário foi também detido por suspeitas dos crimes de corrupção, associação
criminosa, burla, falsificação de documentos e branqueamento de capitais.
Foram
também detidos dois outros homens suspeitos dos crimes de associação criminosa,
burla, falsificação de documento e branqueamento de capitais.
De
acordo com a Procuradoria, o empresário é ainda suspeito de ser o líder de um
grupo de que fazem parte os outros dois detido.
O
grupo "utilizava um esquema fraudulento de alguma complexidade para
aquisição de veículos através de créditos obtidos em bancos e instituições
financeiras, com falsificação de documentos", refere.
A
Polícia Judiciária (PJ), que já tinha avançado com a informação da detenção dos
homens, com idades compreendidas entre os 40 e os 45 anos, indicou que durante
a operação foram realizadas 16 buscas, tendo sido apreendidos documentos,
equipamentos informáticos e telemóveis.
Os
quatro detidos - no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do
Departamento de Investigação e Ação Penal de Faro - vão ser presentes a
tribunal para interrogatório judicial e para aplicação de eventuais medidas de
coação.
Fonte:
JN
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