Argentina
Brasil, Paraguai e Uruguai, os países fundadores do Mercado Comum do Sul
(Mercosul), anunciaram hoje que vão assumir conjuntamente a presidência
semestral da organização, rejeitando transmiti-la à Venezuela, país que ameaçam
expulsar.
Um
comunicado assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos quatro países
informa que a presidência da organização, que Caracas disse que tinha assumido,
"não será transmitida à Venezuela" e será assegurada "em
coordenação" por Buenos Aires, Montevideo e Assunção.
Os
países fundadores do Mercosul ameaçam ainda o Governo de Nicolas Maduro de
"suspender" a presença da Venezuela na organização se não respeitar
as suas "disposições jurídicas" até ao início de dezembro.
A
Venezuela foi admitida no Mercosul em 2012, mas até agora só ratificou um
número restrito das normas jurídicas da organização relacionadas com o
comércio, a política ou os Direitos Humanos.
Caracas
deveria ter assumido a presidência semestral do Mercosul em julho, sucedendo ao
Uruguai e em aplicação do princípio da ordem alfabética seguida pela
organização.
A
29 de julho, a Venezuela anunciou que assumia a presidência rotativa do
Mercosul, depois de o Uruguai, em comunicado, ter dado por concluída a sua
gestão de seis meses, sem anunciar a qual país membro da organização passava o
cargo.
O
Brasil informou na altura os outros três Estados-membros do Mercosul (Uruguai,
Paraguai e Argentina) que entendia que a presidência rotativa estava
"vaga", por não haver consenso relativamente à Venezuela. O Paraguai
anunciou ser contra a possibilidade da Venezuela dirigir o Mercosul e a
Argentina afirmou que não reconhece a presidência venezuelana da organização.
A
06 de agosto, a Venezuela içou a bandeira do Mercosul e emitiu um comunicado a
sublinhar que assumira a presidência rotativa da organização, acusando ao mesmo
tempo Argentina, Paraguai e Brasil de "boicote" contra Caracas.
Lusa
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