Laura Poitras / Wikimedia
O consultor informático, que revelou em 2013 a extensão da espionagem eletrónica norte-americana, apelou ao Presidente Barack Obama para lhe conceder perdão antes de deixar o cargo em janeiro de 2017.
Numa entrevista ao The Guardian, Edward Snowden considera que as suas revelações beneficiaram o seu país.
“Sim, existem leis que dizem certas coisas, mas talvez seja por isso que existe o poder de atribuir o perdão – para as exceções, para as coisas que parecem ilegais, mas que se forem vistas de um ponto de vista moral, ético, aparecem como necessárias”, declara no vídeo da entrevista que deu a partir de Moscovo.
O ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA na sigla em inglês) está há três anos na capital da Rússia, depois de ter divulgado numerosos documentos secretosde uma das mais secretas agências de informação norte-americanas, especializada na interceção de comunicações eletrónicas.
Snowden foi acusado de espionagem nos Estados Unidos e arrisca uma pena de até 30 anos de prisão.
“Penso que se olharem para os benefícios, é claro que desde 2013 as leis do nosso país mudaram. O Congresso, os tribunais e o Presidente, todos mudaram a sua política após estas revelações. Ao mesmo tempo, nunca houve provas de que alguém tenha sofrido”, adianta o informático.
Segundo o diário britânico, Edward Snowden ainda pretende voltar para os EUA e parece confiante, apesar de todas as provas que essa situação não vá acontecer.
No ano passado, a Casa Branca rejeitou uma petição com mais de 150 mil assinaturas para que Snowden fosse perdoado.
O realizador Oliver Stone, cujo filme “Snowden” se estreou no sábado em Toronto, disse esperar que Barack Obama mude de opinião.
/Lusa
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