Mealhada, Mortágua e Penacova vão criar a Grande Rota da Mata e Serra do Buçaco, um percurso pedestre e de BTT (bicicletas de todo o terreno) que será coordenado pela fundação Mata do Buçaco.
Com mais de trinta quilómetros de extensão, a Grande Rota terá início na Mata do Buçaco e vai estender-se pelo território dos três municípios associados, disponibilizando ao longo do percurso diversos pórticos, mesas de interpretação ambiental e espaços de descanso e lazer.
A Grande Rota da Mata e Serra do Buçaco será objeto de uma candidatura conjunta a cem mil euros de fundos comunitários do programa Buy Nature, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Coletiva Provere iNature - Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.
Coordenado pela Agência de Desenvolvimento Gardunha XXI, o consórcio é um parceiro privilegiado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR) e abrange sete comunidades intermunicipais e 16 grupos de ação local, num total de 224 entidades de 12 áreas classificadas da região Centro: Serra da Estrela, Tejo, Gardunha Malcata, Côa, Mata do Buçaco, Açor, Vouga-Caramulo, Sicó-Alvaiázere e Aire e Candeeiros.
O consórcio conduziu recentemente a candidatura a fundos europeus que suportam financeiramente a contratação da empresa especializada que coordena a candidatura da Mata do Buçaco a Património Mundial da UNESCO.
"A Grande Rota é um exemplo para o país de uma iniciativa supramunicipal, que resulta da visão dos presidentes dos três municípios, que souberam perceber que se unissem esforços poderiam dar escala e dimensão a este projeto", resume António Gravato, presidente da Fundação Mata do Buçaco.
António Gravato esclarece que o traçado final da Grande Rota será fixado pelo trabalho conjunto dos técnicos das três autarquias, que levarão em conta não só as belezas naturais da serra e mata do Buçaco, mas também os abundantes registos históricos relacionados com as invasões francesas.
No Buçaco travou-se durante a Terceira Invasão Francesa uma batalha decisiva, em setembro de 1810, durante a qual o exército de Napoleão foi derrotado pelas forças anglo-lusas comandadas pelo visconde de Wellington.
"Logo que o traçado for homologado pelos presidentes dos três municípios avançaremos para o terreno", diz António Gravato, fazendo votos para que a Grande rota seja inaugurada na primavera de 2017.
Lusa
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