sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Segurança Social está a pagar mais subsídios de desemprego e menos abonos de família

A Segurança Social atribuiu cerca de 220 mil prestações de desemprego em Setembro, deixando sem estes apoios perto de 340 mil desempregados, de acordo com as contas feitas pela agência Lusa com base nos últimos dados oficiais disponíveis.

Segurança Social está a pagar mais subsídios de desemprego e menos abonos de família
O número de desempregados que não recebe prestações de desemprego baixou assim em termos mensais, uma vez que, em agosto, o Estado português tinha atribuído cerca de 215 mil prestações de desemprego, deixando sem estes apoios perto de 352 mil desempregados, segundo os cálculos da Lusa.
De acordo com os dados disponibilizados na página da Segurança Social (www.seg-social.pt), em setembro existiam 220.543 beneficiários de prestações de desemprego, mais 5.212 pessoas do que em agosto e o equivalente a 39% do último número total de desempregados contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (estimativas provisórias de agosto).
Os últimos dados divulgados pelo INE, relativos a agosto, contabilizavam um total de 561,8 mil desempregados, com a taxa de desemprego a situar-se nos 11% (mais uma décima do que a taxa definitiva apurada para julho).
Das prestações contabilizadas pela Segurança Social, 115.555 referem-se a mulheres e as restantes 104.998 dizem respeito a homens.
Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial, subsídio social de desemprego subsequente e prolongamento do subsídio social de desemprego, prestações que atingiram em setembro o valor médio de 460,48 euros, face aos 454,30 euros registados um ano antes.
Na área dos apoios familiares, o Instituto da Segurança Social (ISS) anunciou que menos 55.699 crianças e jovens receberam o abono de família em setembro comparativamente a agosto, uma quebra explicada pela renovação da prova escolar que ocorre nesse mês.
Segundo as estatísticas da Segurança Social, publicadas no ‘site’ do instituto, foram processados 1.073.324 abonos de família em setembro, o que representa uma quebra de 4,9% quando comparado com agosto, mês em que esta prestação social foi atribuída a 1.129.134 crianças e jovens.
Comparando com o mês homólogo de 2015, registou-se uma descida de 4,8% no número de beneficiários, que caíram de 1.128.608 em setembro de 2015 para 1.073.324 no mês passado (menos 55.024), adiantam os dados da Segurança Social.
Na “Síntese de informação estatística da Segurança Social”, o Gabinete de Estratégia e Planeamento explica que esta quebra se deve à renovação da prova escolar que acontece no mês de setembro.
Nos próximos meses, com a apresentação das provas escolares, haverá processamentos de prestações a retroagir a este mês, pelo que os dados serão tendencialmente revistos”, refere o Gabinete de Estratégia e Planeamento.
Lisboa é a região do país com o maior número de abonos de família atribuídos (216.681), seguida do Porto (210.101), Braga (96.004) e Setúbal (84.325).
Do total de 1.073.324 beneficiários, 527.457 são raparigas e 545.867 são rapazes, adiantam os dados da Segurança Social atualizados a 20 de outubro e que estão sujeitos a atualizações.
Os dados indicam também que, em setembro, o número de beneficiários com prestações por parentalidade abrangeu 34.852 pessoas, uma subida de 3% face ao mês anterior (mais 1.013 beneficiários).
Quando comparado com o mês homólogo de 2015, o aumento é de 4,6%, com esta prestação a abranger mais 1.538 beneficiários.
Entre agosto e setembro, houve mais 951 beneficiários homens a receber o subsídio (9,5%) e mais 62 beneficiários mulheres (0,3%).

Fonte:dnoticias.pt/pais


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