O XX Congresso do PCP inicia-se hoje com 1.200 delegados reunidos até domingo em Almada para elegerem um novo Comité Central, renovarem o mandato do secretário-geral e efetuarem um balanço do acordo inédito com o PS.
A reunião magna dos comunistas portugueses decorrerá no Complexo Municipal dos Desportos "Cidade de Almada", sob o lema "PCP - com os trabalhadores e o povo, democracia e socialismo", cabendo ao secretário-geral, Jerónimo de Sousa, a intervenção de abertura.
Antes do discurso de Jerónimo de Sousa, os delegados vão começar por eleger os membros para a presidência do congresso, inicialmente ocupada pela Comissão Central de Controlo, aprovar a ordem de trabalhos e o horário, o secretariado, a comissão de verificação de mandatos, a comissão de redação para a proposta de resolução política e a comissão eleitoral.
O secretário-geral e os membros dos organismos executivos do Comité Central (Comissão Política e Secretariado Nacional) assumem, de início, a Mesa da Presidência, que propõe a aprovação do regulamento.
Com dois Orçamentos do Estado viabilizados pelo PCP no âmbito do acordo de governo com o PS, as intervenções políticas dos comunistas não deixarão de vincar as diferenças face aos socialistas.
O PCP sublinha as "limitações" por os socialistas "não romperem com os constrangimentos externos" e os "interesses do capital monopolista", lê-se no projeto de resolução política para a reunião magna.
Contudo, a viabilização, no parlamento, do Governo liderado pelo socialista António Costa é justificada pelos comunistas por haver devolução de "direitos e rendimentos" a quem "vive ou viveu do trabalho". Um avanço positivo, mas "insuficiente", considera o PCP.
O encerramento do primeiro dia está previsto para as 20:00.
Os comunistas voltam a encontrar-se no sábado, para o segundo de três dias de trabalhos em que continuarão as intervenções políticas e para a eleição, por voto secreto, dos novos membros do Comité Central, os quais vão depois definir o secretário-geral, os membros dos organismos executivos e da Comissão Central de Controlo.
Segundo dados do PCP, o mais antigo partido político português, com 95 anos, desde a última reunião magna, em 2012, os comunistas recrutaram mais 5.300 militantes, contando atualmente com 54.280 militantes.
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