O desenvolvimento de veículos automatizados poderá extinguir a maioria dos postos de trabalho dos motoristas, atingindo mais de 80% no transporte de mercadorias de longo curso e mais de 90% dos profissionais independentes, estima um estudo da Casa Branca.
Não arrisca datas, admitindo apenas que estas "mudanças podem levar anos ou décadas a ocorrer", mas avança com estimativas catastrofistas de extinção em massa de postos de trabalho dos motoristas determinada pelo desenvolvimento da condução autónoma, com recurso à inteligência artificial.
O último relatório da administração Obama sobre políticas de tecnologia regista que o desenvolvimento de veículos automatizados é "um exemplo útil dos efeitos que a inteligência artificial poder ter na produtividade e no mercado de mão-de-obra", admitindo também que a mesma possui um imenso potencial para fazer uma razia no mercado de trabalho.
Intitulado "Artificial Intelligence, Automation, and the Economy", este estudo estima que, dos cerca de 3,7 milhões de motoristas profissionais existentes nos Estados Unidos, 2,2 milhões a 3,1 milhões têm o seu emprego "ameaçado".
Os independentes deverão ser os mais afectados – entre 90% a 100% dos 364 mil motoristas que trabalham por conta própria no país deverão ver o seu emprego extinto, prevê o mesmo estudo.
O impacto de maior alcance deverá acontecer no transporte de longo curso, onde poderão desaparecer 80% a 100% dos quase 1,7 milhões de motoristas de pesados de mercadorias.
Já na classe de motoristas de transporte urbano, a capacidade de dizimação de postos de trabalho é superior a 60%, podendo afectar um total de 826 mil profissionais.
Nos caso dos motoristas de transporte de crianças ("schoolbus"), o impacte dos veículos autónomos poderá ser bastante menor – entre 30% e 40% dos 505 mil postos de trabalho existentes no país.
Na Europa, um estudo recentemente divulgado pelo Parlamento Europeu chama a atenção para o impacto dos veículos autónomos no nosso quotidiano. Intitulado "Antecipar o Futuro – 10 Tecnologias que podem mudar as nossas vidas", deixa uma série de alertas, como este: "Daqui a uns anos, milhares de veículos autónomos estarão para sempre nas estradas da Europa. Será que em breve passará a ser o seu filho a levá-lo ao emprego no carro?"
Fonte: Jornaldenegocios
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