domingo, 26 de março de 2017

MAOMÉ VI: Senhor absoluto do regime da carnificina e do terror infligido ao povo sahauri



REPÚBLICA ÁRABE SAHARAUI A INDEPENDÊNCIA QUE TARDA MAS QUE É CERTA

Existe um país indevidamente ocupado no norte de África que passa desconhecido ou passou para o esquecimento das nações, incluindo a ONU. RASD - República Árabe Saharaui Democrática. Recorremos à Wikipédia para melhor fazer aqui constar o que muitos ignoram ou esqueceram. É que aquele povo, os saharauis, continua na sua luta de há décadas pela almejada liberdade. A luta é contra o reino de Marrocos. A luta é contra os torcionários ao serviço de (Mohammed) Maomé VI.

Recapitulemos, na Wikipédia:

“O Sahara Ocidental é um território na África Setentrional, limitado a norte por Marrocos, a leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e a oeste pelo Oceano Atlântico, por onde faz fronteira marítima com a região autónoma espanhola das Canárias. A sua capital é El Aaiún. O Saara Ocidental está na lista das Nações Unidas de territórios não-autônomos desde a década de 1960. O controle do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento independentista Frente Polisário.

Em 27 de fevereiro de 1976, este movimento proclamou a República Árabe Saaráui Democrática (RASD, em árabeالجمهورية العربيةالصحراوية الديمقراطيةtransl.: Al-Jumhūrīyyah Al-`Arabīyyah A-arāwīyyah Ad-Dīmuqrāīyyah), um governo no exílio. A RASD é reconhecida internacionalmente por 50 estados e mantém embaixadas em 16 deles, sendo membro da União Africana desde 1984, carecendo no entanto de representação na ONU. O primeiro estado que reconheceu a RASD foi Madagáscar em 28 de Fevereiro de 1976.”

A história e a responsabilidade do abandono da Espanha colonialista:

“Quando, em 1975, a Espanha abandonou a sua antiga colônia, deixou para trás um país sem quaisquer infra-estruturas, com uma população completamente analfabeta e desprovida de tudo. O vazio criado pela Espanha foi aproveitado pela Mauritânia (que assenhora-se de 1/3 do território) e por Marrocos (que fica com o restante) que, invocando direitos históricos, invadiram o território.

governo no exílio do Saara Ocidental tem o nome de República Árabe Saaraui Democrática (RASD). Foi proclamado pela Frente Polisário em 27 de fevereiro de 1976. O primeiro governo da RASD formou-se em 4 de março desse ano.

Os saaráuis haviam fundado a Frente Polisário, que iria expulsar do sul o pequeno exército da Mauritânia, forçando o país a abdicar seus direitos sobre o território em 1979. Frente a frente ficariam, nas areias do deserto, os guerrilheiros da Frente Polisário e as forças marroquinas de Hassan II. O exército marroquino retirou-se para uma zona restrita do deserto, mais próxima da sua fronteira e constituindo o chamado "triângulo de segurança", que compreende as duas únicas cidades costeiras e a zona dos fosfatos. Aí a engenharia militar construiu um imenso muro de concreto armado, por trás do qual os soldados marroquinos vivem entrincheirados, protegendo a extração do minério.

Desde então, a guerra, vista do lado da Frente Polisário, resume-se a uma série de ataques esporádicos à zona dos fosfatos tentando interromper o seu escoamento.

Em 1987, uma missão da ONU visitou a região para averiguar a possibilidade da realização de um referendo sobre o futuro do território. Uma iniciativa difícil, dado que grande parte da população é nómada. Marrocos e a Frente Polisário selam um cessar-fogo em 1988. Um plebiscito é marcado para 1992, mas não acontece porque não há acordo sobre quem tem direito a votar: Marrocos quer que seja toda a população residente no Saara Ocidental, mas a Frente Polisário só aceita que sejam os habitantes contados no censo de 1974. [5] Isso impediria o voto dos marroquinos emigrados para a região em disputa depois de 1974. Até 1993, foi impossível realizar o referendo. Em 2001, a África do Sul torna-se o sexagésimo país a reconhecer a independência do Saara Ocidental. Marrocos protesta.” – excerto da Wikipédia

Por algumas vezes o Página Global publicou e abordou a temática do povo da RASD, uma delas fomos repescar pelo propósito de relembrar a sistemática violação dos Direitos Humanos por parte do reino de Marrocos. Assim acontecia com o então rei Hassan II, como atualmente acontece com Maomé VI, seu filho e rei déspota de Marrocos, que mantém a ocupação do país dos saharauis, os assassina, tortura e persegue, perante uma comunidade internacional praticamente indiferente, à excepção de alguns países e povos.

Em Maio de 2015 o Página Global reproduziu um pequeno texto retirado de Pravda.ru, que pode ler e relembrar ou tomar conhecimento das violações praticadas por Marrocos contra os saharauis:

ATIVISTAS SAHARAUIS SEQUESTRADOS, TORTURADOS E AMEAÇADOS

A cidade de El Aaiun está sob um cerco policial reforçado que patrulha as principais ruas e bairros impedindo qualquer tentativa de manifestação. No passado dia 20 de Maio às 15h00, o jovem activista Lemjeyid Lili de 20 anos, foi sequestrado e vendado por policias à paisana.

El Aaiun sob apertado cerco policial El Aaiun 21 de Maio - porunsaharalibre.org A cidade de El Aaiun está sob um cerco policial reforçado que patrulha as principais ruas e bairros impedindo qualquer tentativa de manifestação. No passado dia 20 de Maio às 15h00, o jovem activista Lemjeyid Lili de 20 anos, foi sequestrado e vendado por policias à paisana, e levado num Toyota Prado para o exterior da cidade perto do rio, onde foi brutalmente espancado.

Em seguida a policia levou-o para a Comissária Central de El Aaiun onde continuou a ser espancado e interrogado. Segundo testemunho de Lili e outras testemunhas oculares os policias que o sequestraram são do grupo "Saaid", um grupo de policias à paisana conhecido pelos seus métodos brutais. Às 20h30 do mesmo dia foi posto em liberdade. Sidi Ahmed Alwat, presidente da Associação de Deficientes foi impedido pela policia de sair de sua casa, onde se encontrava com um grupo de amigos. A casa estava cercada impedindo a saída do conhecido activista, impedindo a sua participação em qualquer manifestação. - Pravda.ru

Ver: VISITA POR UN SAHARA LIBRE

Para os que desconhecem é importante fazer constar que o reino de Marrocos continua na sanha das perseguições, assassinatos e torturas dos cidadãos da RASD. Isso mesmo lhe trazemos aqui por compilação de peça do Jornal Tornado (ontem), que se segue:

Uma noite de horror em El Aaiun

Laayoune (El Aaiun), capital do Sahara Ocidental ocupado, atacado de forma selvagem pelas forças de ocupação marroquinas. Torturas no meio das ruas, invasão de casas e sequestros, milhares de saharauis em protesto nas ruas.

Jovens saharauis  desempregados de El Aaiun, capital dos territórios ocupados do Sahara Ocidental, encerram-se ontem ao final do dia num autocarro da empresa Fos Bucraa numa acção de protesto.

Fos Bucraa é a empresa de fosfatos que é uma das razões para a ocupação marroquina deste território desde 1975, uma das zonas mais ricas neste mineral do mundo.

Passado pouco tempo as autoridades marroquinas retiram os manifestantes à força do autocarro provocando mais de 50 feridos graves.

Esta acção desencadeou uma onda de protesto da população saharaui, que saiu em peso para a rua.

Toda a noite o contingente policial, militar, para-militar, auxiliar e os serviços de inteligência do mahjzen (estado marroquino) aterrorizaram os habitantes saharauis numa verdadeira “caçada” casa a casa.

Neste riquíssimo território com pescas, minérios, água, petróleo, vento, sol e areia o racio de autoridadades por habitante saharaui é de 15/1.

Os activistas de direitos humanos denunciam o sequestro e detenção arbitrária de centenas de pessoas.

Isabel Lourenço – Jornal Tornado

O REI CRIMINOSO: MAOMÉ VI

A legalidade democrática que Maomé VI teme com um referendo no país por si ocupado, que é pertença dos sahauris, tem para ele e para o seu regime autocrático uma só solução: “banhos de sangue, sequestros, assassinatos e prisões”. Tudo isso em nome do rei.

Perante este cenário não é difícil concluir que Maomé VI e Marrocos, por inerência, não cumprem os requisitos democráticos do respeito pelos Direitos Humanos e pelas leis internacionais que subscreveu. Autênticos crimes contra a humanidade e crimes de guerra vão ocorrendo contra o povo da RASD sob a indiferença da comunidade internacionais e das instituições internacionais. Até a ONU, perante as violações ordenadas por Maomé VI faz lembrar a seu modo um tigre de pelúcia que não sanciona devidamente o reino repressor e assassino de Hassan II. Mais e melhor faz a OUA, que reconhece a RASD e sanciona o reino do terror implantado por Marrocos, pelo seu rei, senhor absoluto e chefe da ordenação da carnificina e do terror.

Ver, ouvir e não calar, é o procedimento correto e humano, democrático, digno dos amantes das liberdades e da justiça, após a escuta e visionamento do que a seguir apresentamos. Afinal, o que Maomé VI já sabe é que pode retardar com vilania e crime a independência do povo vizinho de Marrocos mas não conseguirá impedir que venha a ser independente e soberano dos seus destinos, a RASD. (PG)

El Aaiun: protesto e testemunhos

Autodeterminação do Sahara Ocidental, um sonho ou realidade? O que será necessário acontecer para que a ONU e a comunidade internacional decida, realmente, fazer alguma coisa?  

Veja as images e ouça o testemunho dos acontecimentos violentos levados a cabo pela polícia marroquina, após acção de  protesto de jovens saharauis, em  El Aaiun, capital dos territórios ocupados do Sahara Ocidental. - Jornal Tornado



Nota: Este aglomerado de prosa é da autoria do Página Global e do Jornal Tornado, conforme o assinalado nos respetivos textos.

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