Mário Motta, Lisboa
A senda assassina reporta-se a sexta-feira (24) com quatro pessoas mortas à facada, havendo a acrescentar um aborto de grávida assassinada. Foi então que muitos perguntaram ao mais recôndito de seu âmago, às suas consciências, o que leva um ser humano a assassinar naquelas circunstâncias por motivos que em nada justificam a ação criminosa.
Tanto quanto parece o dia de sexta-feira acabou sem mais notícias de assassinatos em Portugal ou envolvendo portugueses. No dia anterior havia sido baleado um jovem numa discoteca de Lisboa, a Luanda, em Alcântara. O costume naquela discoteca ou nas suas imediações.
Ontem, sábado, logo pela manhã, ficámos a saber que um jovem assassinou a sua mãe a tiro. Portugueses no Luxemburgo. O que é preciso para se ser capaz de matar a própria mãe? O que move aqueles que assim agem? O que lhes vai na cabeça?
Mas no dia de sábado (25) a senda dos assassinatos não acabou com portugueses no Luxemburgo. Pela tarde chegava a notícia de um homem em Esmoriz, Barcelos, que matou à facada a sua própria companheira.
Nada justifica cabalmente estas mortes. São crimes puros e duros que devem ser punidos com o máximo das armas judiciais que a lei permite. Só a autodefesa justifica que se mate ser humano ou animal que nos ataque. Assim, nos moldes das ocorrências em relato, a loucura poderia ser um justificativo, mas isso, nos casos expostos, só pode ser assacado à ira ou à premeditação, aos instintos assassinos dos que foram protagonistas desses crimes. Quanto à ira sabemos que é um dos apêndices que possuímos mas que devemos saber controlar e dominar, o mais possível e nunca ao ponto de tirar a vida a quem quer que seja. Há a dizer que os crimes deste inicio de primavera foram hediondos, repugnantes. Tudo aconteceu por dá cá aquela palha. Por coisas de nada.
Ciclicamente acontece em Portugal e com portugueses estas ondas de assassinatos. O que leva a tal só os especialistas no comportamento humano estão habilitados a explicar. Porquê, em dois dias, esta onda de crimes? Terá que ver com o início da primavera? Existe quem acredite nisso. Ou no pico do verão, com o calor e o álcool a mais. Mas, então, nessas circunstâncias tem que ver com o álcool ou droga e pode acontecer em qualquer momento, em qualquer estação do ano.
Portugal e portugueses do pior, é o que foi.
Aos interessados, para melhor se documentarem e esclarecerem, fornecemos os títulos das notícias com as respetivas ligações. Basta clicar para acederem aos originais.
Punição adequada aos criminosos. Paz e solidariedade pelas vítimas e seus familiares. (PG)
Um homem é suspeito de ter esfaqueado hoje mortalmente a mulher em Esmoriz, concelho de Ovar, num contexto de violência doméstica, disse à agência Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Uma mulher de nacionalidade portuguesa terá sido, alegadamente, morta a tiro pelo próprio filho o Luxemburgo.
O suspeito já foi detido, indica a GNR. Uma das mulheres mortas estava grávida.
PARA ASSALTAR PESSOAS E BANCOS IMPUNEMENTE CONVÉM SER BANQUEIRO
O que dá o título a esta parte da prosa é já dito popular, tal é a respeitabilidade e a idoneidade que os portugueses reservam aos banqueiros, gestores e afins.
No dia de hoje, escarafunchando o Notícias ao Minuto ou qualquer outro jornal de Portugal, encontramos a chamada de atenção da defesa dos consumidores, a DECO, sobre a cobrança da banca “aos clientes de comissões indevidas”.
Estes alertas são useiros e vezeiros, os banqueiros roubam mas a impunidade é o seu prémio. Se necessário argumentam isto e aquilo para justificarem os roubos que praticam e ainda se dizem ofendidos por lhes chamarem ladrões, que é o que são. Podem não ser todos, mas é certo que são demasiados. E porque nunca se apura e responsabiliza ao milímetro quem é quem, quem são os ladrões e os honestos, porque não são punidos os que devem ser exemplarmente punidos, porque o legislador via lobie armadilha as leis com os chamados “alçapões de fuga” nada lhes acontece apesar dos roubos a que nem sequer lhes chamam abusos sistemáticos que dessem para irradiar tais Al Capones das “artes” bancárias.
É assim. É a vida. Os políticos, os legisladores, as maiorias eleitas que não protegem os interesses dos cidadãos em imensos aspetos, promovem-se e progridem nas suas vidas a dar as mãos e a servirem os senhores mafiosos… mas banqueiros - com e sem o epíteto de DDTs, de donos disto tudo.
A podridão anda a carcomer a democracia, a justiça, as liberdades fundamentais dos cidadãos, a decência. Cada dia que passa apercebemo-nos ainda mais dessa realidade.
Resta fazer aqui constar o título e um parágrafo da peça, assim como a ligação:
A Deco acusa a banca de cobrar comissões aos clientes sem prestar qualquer serviço, como por processamento de prestação de crédito ou manutenção de conta, e de querer compensar as perdas da intermediação financeira com a atividade de comissionamento.
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