segunda-feira, 17 de abril de 2017

360º - A Turquia a caminho do abismo e a Coreia do Norte numa crise em "slow motion"

360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Erdogan venceu o referendo para ampliar os seus poderes - só que por muito pouco: 51,41%. O Presidente turco pode agora ficar no cargo até  2029.

Primeiro "mas": mas a oposição acusa o regime de ter manipulado entre 3% a 4% dos votos.

Segundo "mas": mas as três maiores províncias da Turquia votaram contra Erdogan, o que mostra que não vai ser fácil exercer os seus novos (e muito vastos) poderes.

Terceiro "mas": mas Erdogan tinha posto a fasquia nos 60% dos votos. Com uma vitória curta, já prometeu, num discurso ontem à noite à chuva, restaurar a pena de morte.

A polícia de Cleveland montou uma grande operação nas últimas horas para tentar deter um homem que cometeu um homicídio em direto no Facebook. Steve Stephens assegurou em vários vídeos já ter matado 13 pessoas e está em fuga. Motivo dos crimes: problemas com a namorada.


Informação relevante
A China "está a trabalhar com os Estados Unidos para resolver o problema da Coreia do Norte". Como é que sabemos isto? Porque Trump escreveu ontem no Twitter. Ou seja: os Estados Unidos estão a apostar numa solução diplomática.

De qualquer forma, ficam os avisos: o vice-presidente dos EUA, Mike Pence está a fazer uma visita à região e, quando estava na fronteira entre a Coreia do Sul e a do Norte, disse que "a era da paciência estratégica acabou".

O The New York Times chama ao que se está a passar "uma crise dos mísseis de Cuba em slow motion", citando Robert Litwak, do Woodrow Wilson International Center for Scholars. Mas alerta que "a parte do slow motion está a acelerar".

De facto, parece estar. Este fim de semana, o regime de Pyongyang decidiu testar mais um míssil. Mas falhou - ele explodiu ao fim de poucos segundos. (E houve quem gozasse, e muito, com isso.)

Foi mais uma provocação depois de um sábado intenso, com as comemorações do 105.º aniversário do nascimento de Kim Il-sung, fundador da ditadura comunista - foi o "Dia do sol". No Observador, decidimos mostrar como é a vida no país mais fechado do mundo:

  • Aqui, mostramos as celebrações do "Dia do sol", uma enorme demonstração de propaganda;
  • Aqui, revelamos as imagens de um fotojornalista da France Press que teve autorização para entrar no país por estes dias;
  • Aqui, lembramos as fotos tiradas por "traidores" que mostram como é a verdadeira Coreia do Norte;
  • Aqui, entramos no metro de Pyongyang, o mais misterioso do mundo.
Na Síria, há mais de três mil pessoas à espera de serem evacuadas de quatro localidades. A operação foi suspensa por razões de segurança, depois do atentado deste sábado que atingiu vários autocarros de refugiados, provocando 126 mortos, entre eles 68 crianças.

Vamos agora a notícias sobre Portugal?

Há seis novos casos de sarampo no Hospital de Cascais - e um deles é uma adolescente de 17 anos que está em isolamento nos cuidados intensivos, com ventilação assistida. A notícia foi dada pelo Expresso. Tudo começou com uma criança de 13 meses não vacinada que deu entrada nas urgências. 

A Procuradoria-Geral da República de Angola acusa Joana Marques Vidal de “pura falácia” no caso Manuel Vicente. Segundo Luanda, nunca foi enviada qualquer carta rogatória deste processo, ao contrário do que é escrito no despacho de acusação ao vice-presidente angolano. A notícia é do Público.

Um estudo sobre os hábitos de consumo dos portugueses mostra que metade dos condutores abastece sempre em postos de marca e gasta menos de 40 euros.

Além do combustível, que outra coisa preocupa os condutores? O estacionamento, claro. Em Carnide, a guerra contra os parquímetros ainda não acabou. A Junta de Freguesia e os moradores reúnem-se hoje para decidir se avançam com uma providência cautelar contra a EMEL.

Marcelo Rebelo de Sousa recebe hoje PSD, PS e BE para os ouvir sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas. Amanhã é a vez de PCP, PEV, PAN e CDS.

O Governo está a preparar um diploma que admite penalizar as empresas que paguem menos às mulheres, por exemplo com uma limitação de contratos com o Estado, escreve o Público.

Primeiro, imitaram o som de um very light a ser lançado; depois, cantaram "Foi no Jamor que o lagarto ardeu". Foi assim que a claque apoiou este fim de semana as equipas de andebol e de futsal do Benfica. A referência é a um adepto do Sporting que morreu em 1996 atingido por um very light.

Alexandre Homem Cristo escreve hoje de manhã no Observador sobre as claques e sobre o episódio do very light, no texto de opinião "Matar o futebol": "Anda tudo indignado com o culto de ódio das claques mas, no final de contas, quem emite os comunicados a censurar as suas manifestações de violência é, na prática, quem as financia e mais incentiva".

A nossa Opinião

José Manuel Fernandes escreve "Eu não dou para o peditório de São Dias Loureiro": "É preciso muita lata para Dias Loureiro se apresentar como um mártir da Justiça. E muito despudor e desconhecimento da lei para se condenar a PGR por causa do despacho de arquivamento do inquérito".

João Marques de Almeida escreve sobre a "revolução francesa em curso": "Se Le Pen passar à segunda volta e Fillon for derrotado, ainda o cenário mais provável, tal como a derrota dos socialistas, a chamada “maioria republicana” contra os extremos não vai sobreviver".

Manuel Villaverde Cabral escreve sobre a Turquia: "No caso da Turquia, só por ironia se pode perguntar se alguma vez, em lugar algum, o islamismo foi compatível com a democracia. Nem na Turquia nem, infelizmente, em nenhum outro país islâmico".

Lucy Pepper escreve "uma carta para o Guardian/Observer sobre Lisboa": "O Guardian atribui a corrente renovação de Lisboa a António Costa. Quem é que em Portugal fazia ideia de que o actual primeiro ministro era o único responsável por este milagre económico?".

Ruth Manus escreve sobre os taxistas de Lisboa: "Os portugueses costumam ser amáveis e receber bem as pessoas, mas não dentro dos táxis. É um mundo sem regras de boa educação, de segurança, de asseio e de boa prestação de serviços".


Os nossos Especiais
“Em 1974 havia o perigo de nos tornarmos um satélite da União Soviética”, lembra o general Loureiro dos Santos. Numa entrevista de vida ao Pedro Rainho, o militar lembra o pai, que comandava um posto na GNR, e fala de um grande amigo: "O Eanes telefona-me quase todos os dias. Conversamos muito. E agora, que estamos os dois velhos, falamos sobre estarmos à espera de, qualquer dia, desaparecer".

Foi um dos textos mais lidos no Observador durante o fim de semana: "Sei o que fizeste em Torremolinos em 1980"O artigo da Rita Ferreira e da Rita Porto junta vários depoimentos que mostram como foram as viagens de finalistas do secundário ao longo das décadas. E começa em 1980, quando uma ida a Torremolinos acabou a ser discutida no Parlamento.

O Herman Enciclopédia estreou há 20 anos e trouxe o Diácono Remédios, o Lauro Dérmio, o Melga e o Mike. A Catarina Homem Marques conta a história de como o programa nasceu.


Notícias surpreendentes

"Breve História da Angola Moderna [Séc. XIX-XXI]", de David Birmingham, condensa dois séculos em 200 páginas. Mas o livro consegue fazer isso com um "sentido interpretativo apurado", escreve Pedro Aires Oliveira, que lhe dá três estrelas.

Quando compra uma câmara fotográfica preocupa-se com os megapíxeis? Pois, saiba que eles "não contam para nada, zero mesmo”. Fomos ouvir quem sabe.

São 16 fotos alteradas que se tornaram famosas. Há paraísos em Bora Bora, atrizes de Hollywood e mísseis norte-coreanos - mas nada disto é o que realmente parece. O Photoshop é assim.

E resta dar-lhe as boas-vindas a mais uma semana de trabalho, depois de um fim de semana prolongado. Já sabe que nós estamos sempre aqui com as últimas notícias.
Até já!
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