Os independentistas da Frente de Libertação do Estado de Cabinda reivindicaram a autoria de dois ataques a patrulhas das Forças Armadas Angolanas (FAA), naquele enclave, a norte de Angola, que terão provocado a morte a 10 militares.
Luanda - Os independentistas da Frente de Libertação do Estado de Cabinda reivindicaram, sexta-feira (7), a autoria de dois ataques a patrulhas das Forças Armadas Angolanas (FAA), naquele enclave, a norte de Angola, que terão provocado a morte a 10 militares, informa a agência Lusa.
Num "comunicado de guerra" distribuído hoje, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) refere que os dois ataques tiveram lugar na manhã de quarta-feira.
Entre as vilas de Buco-Zau e Dinge, as FAC referem que foi atacada uma viatura militar das forças angolanas, tendo resultado na morte de seis operacionais das FAA e em ferimentos num coronel.
Já na aldeia de Chimbanza, praticamente em simultâneo, uma outra ação terá provocado a morte de quatro soldados das FAA que estavam em patrulha, além de uma baixa entre as FAC.
"As FAC alertam, mais uma vez, que todos os estrangeiros que trabalham sob a tutela do governo neocolonial angolano serão tidos como alvos, enquanto Luanda não decidir negociar o fim do conflito com a FLEC", lê-se no comunicado, assinado pelo 'tenente-general' Alfonso Nzau, chefe da brigada de Maoimbe Sul, do grupo independentista.
A FLEC-FAC recorda que a 01 de fevereiro de 1885 foi assinado o Tratado de Simulambuco, que tornou aquele enclave num "protetorado português", o que está na base da luta pela independência do território.
Só em fevereiro e março, as FAC reclamaram a autoria de confrontos em Cabinda que terão provocado a morte a quase quatro dezenas de militares angolanos.
Durante o ano de 2016, vários ataques do género provocaram, nas contas da FLEC-FAC, desmentidas pelo Governo angolano, mais de meia centena de mortes entre as operacionais das Forças Armadas Angolanas.
O enclave de Cabinda, no 'onshore' e 'offshore', garante uma parte substancial da produção total de petróleo por Angola, atualmente superior a 1,6 milhões de barris por dia.
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