Milhares de sul-africanos juntaram-se, esta sexta-feira, nas principais cidades do país para pedirem a renúncia do presidente Jacob Zuma, alvo de contestação crescente depois da demissão do ministro das Finanças.
Há marchas de protesto em Joanesburgo, Pretória, Cidade do Cabo e noutras grandes áreas metropolitanas. "'Fire' Zuma" (Despeçam Zuma), lê-se nalguns cartazes.
Uma marcha organizada pela Aliança Democrática, o maior partido de oposição da África do Sul, deve passar perto da sede do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido que está no poder, no centro de Joanesburgo.
No local, devem encontrar membros do ANC em uniformes militares, que se opõem ao protesto, e que já anunciaram estar presentes.
O governo diz que respeita o direito dos sul-africanos a protestar pacificamente e apelou à calma.
Pravin Gordhan, que foi demitido como ministro das Finanças numa súbita remodelação, há uma semana, ganhou fama pela sua postura anticorrupção. A situação de Gordhan, que se opunha há meses a Zuma acerca da boa gestão dos fundos públicos, divide o ANC.
"Dei a conhecer a minha opinião, uma série de colegas e camaradas não estão satisfeitos com esta situação, particularmente a demissão do ministro das Finanças que serviu o país com honra e excelência", declarou o vice-presidente, Cyril Ramaphosa, adiantando considerar inaceitável a saída de Gordhan.
A agência Standard & Poor's reduziu o rating de crédito em moeda estrangeira da África do Sul após a demissão, citando riscos de instabilidade política e ameaças ao crescimento económico.
Lusa, em TSF | Foto: Reuters | Mike Hutchings
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