terça-feira, 23 de maio de 2017

360º - Bombista suicida mata pelo menos 22 pessoas, incluindo crianças, em concerto de Ariana Grande. E ainda: como os partidos colonizam o Estado

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360º

Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
Um bombista suicida matou pelo menos 22 pessoas, incluindo crianças, no final de um concerto de Ariana Grande, em Manchester, Inglaterra. O Observador está a seguir todos os desenvolvimentos ao minuto, neste liveblog. Alguns destaques:

  • A primeira-ministra Theresa May preside hoje de manhã a uma reunião de emergência das forças de segurança;
  • A ministra da Administração Interna, Amber Rudd, disse que "as pessoas devem permanecer alerta, mas não alarmadas";
  • Há apoiantes do Estado Islâmico a festejar o ataque na Internet - um homem mascarado fez um vídeo a dizer que “é apenas o início”.
  • A cantora Ariana Grande colocou uma mensagem no Twitter: "Estou desfeita. Não tenho palavras".
Ainda ontem à noite, o Pedro Jorge Castro falou com um português que estava a assistir ao concerto com a filha quando se deu o ataque. Fábio Silva, que tem 34 anos e é emigrante no Reino Unido, relatou o que viu e sentiu: "Agarrei na mão da minha filha e só queria tirá-la dali".

Há muitos outros depoimentos na primeira pessoa, que ajudam a perceber como foram aqueles primeiros minutos de medo e confusão. Como este: “Foi uma explosão enorme, tão grande que a sentias no peito”. Ou este: “O barulho ecoou pela arena e as pessoas começaram a fugir. Vi pessoas a correr e a gritar numa direção e depois muitas viravam-se para correr para o lado oposto”.

Há ainda cinco vídeos e várias fotos que também mostram a reação do público nos momentos iniciais e ajudam a entender como tudo se passou.

Esta notícia está, obviamente, em atualização permanente, e, para ajudar a ordenar a informação, o Miguel Santos Carrapatoso fez uma lista do que já se sabe neste momento e do que ainda falta saber.


Informação relevante
Assalto ao Estado: como é que os partidos e os boys chegam aos lugares mais apetecíveis? Este é o resultado de uma investigação do Observador que se prolongou durante meses e que analisou os três últimos ciclos políticos desde 2007 e os Governos de José Sócrates, de Pedro Passos Coelho e de António Costa. Neste Especial, partimos do exemplo da Segurança Social e do Instituto do Emprego e Formação Profissional para mostrar como os partidos colonizam o Estado ao nomearem os seus militantes e simpatizantes para cargos importantes. E, neste gráfico interactivo, explicamos quem são as pessoas em cada lugar. A conclusão é simples: aos boys do PS sucedem os do PSD e do CDS; e depois voltam os do PS. Nos próximos dias, vamos publicar mais trabalhos desta investigação especial.

Portugal só deverá começar a ter o OK final para sair do Procedimento dos Défices Excessivos a 16 de junho. É que, depois da recomendação da Comissão Europeia, falta agora a aprovação do Conselho da União Europeia, que tem a agenda cheia esta semana.

Houve muitas, muitas reações políticas à notícia da saída de Portugal do Procedimento dos Défices Excessivos. Estas foram as principais:
  • António Costa disse que “tem de ser a última vez que passamos por um processo tão traumático”;
  • Pedro Passos Coelho ficou “satisfeito”, apesar de discordar da forma como se chegou a este resultado, mas lembrou o fantasma de Sócrates;
  • Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que  o mérito “é dos dois” governos, o atual e o anterior;
  • O comissário (e ex-secretário de Estado de Passos) Carlos Moedas recordou que "todos os governos que passaram desde 2011 trabalharam, e muito, para que isto acontecesse, todos estão de parabéns";
  • O PCP é mais cauteloso: em declarações ao "i", o eurodeputado comunista João Ferreira diz que "a euforia não se justifica" e que o partido "não alinha no entusiasmo".
Para lá das reações políticas, sobram os alertas de Bruxelas: a Comissão Europeia diz ser "crucial" que Portugal continue a fazer reformas para a despesa pública não aumentar e a controlar os custos dos sistemas de saúde e pensões. E, claro, ainda falta resolver o problema da Caixa Geral de Depósitos.

Com tudo isto, António Costa parece estar a viver no país dos números maravilha. Mas será tudo assim tão bom? A Rita Dinis e o Miguel Santos Carrapatoso foram tentar perceber quais são as nossas fragilidades.

Mais um número que deve agradar ao primeiro-ministro e aos parceiros de "geringonça": o Banco de Portugal vai entregar este ano 527 milhões de euros ao Estado, entre dividendos e impostos. É quase o dobro do que foi pago em 2016.

Já 80% dos “lesados do BES” aceitaram a solução proposta pelo grupo de trabalho onde participou o Governo. A notícia é do Público.

O Banco de Portugal acusa a anterior gestão do Montepio, liderada por Tomás Correia, de falhas na vigilância a clientes que são "pessoas politicamente expostas". A informação é avançada pelo DN.

Os credores internacionais e o Governo grego falharam o acordo para mais um alívio da dívida. A reunião decisiva durou oito horas.

Michael Flynn, que foi conselheiro para a Segurança Nacional de Trump durante apenas 24 dias, ocultou do Pentágono o dinheiro que recebeu de empresas russas. Agora, arrisca-se a um processo que tem penas até cinco anos de cadeia.

No Brasil, há novidades judiciais à esquerda e à direita:

É a última novidade da Uber: um novo sistema que usa a inteligência artificial permitirá definir o preço de cada viagem tendo por base o valor que estima que os utilizadores estão dispostos a pagar.

Não é uma grande surpresa, mas a confirmação só chegou ontem à noite: Nuno Espírito Santo deixou de ser treinador do FC Porto. Uma das hipóteses para a sucessão é Marco Silva. Outra hipótese: Pedro Martins. 


A nossa Opinião

José Manuel Fernandes escreve sobre "o mistério dos 79 euros": "Em 2015, na era do 'empobrecimento', o rendimento médio mensal das famílias subiu 79 euros. Uma surpresa tão grande como a economia crescer exactamente pelas razões opostas às defendidas pelo Governo".

Laurinda Alves escreve sobre os excessos nas Queimas das Fitas: "Estes rapazes e raparigas terão os seus filhos e as filhas, e uma das grandes interrogações também passa por saber como agiriam se soubessem que as suas próprias filhas se vendem por um par de shots".

Paulo Trigo Pereira escreve sobre os números da economia: "Fico algo perplexo quando vejo discutir, à esquerda, a fiscalidade e não as prioridades de despesa. Se se quer requalificar os serviços públicos, não é bom reverter na totalidade a subida dos impostos".

Manuel Villaverde Cabral escreve sobre a nova liderança do PSOE: "É a deriva dos antigos partidos socialistas perante a concorrência dos movimentos populistas que se reclamam da esquerda que está a provocar a actual crise".

Paulo de Almeida Sande escreve sobre saída do Procedimento dos Défices Excessivos: "Hoje, ao contrário do que escreveu Almada em 1917, os portugueses possuem qualidades suficientes para sustentar essa civilidade, essa modernidade. Conseguimos fazer. Queremos ser um povo completo".


Os nossos Especiais

"Twin Peaks" regressa à televisão portuguesa no dia 28. E o Alexandre Borges explica em cinco razões porque é que amamos a série de David Lynch: há o mundo, o cadáver, a música, as louras e os anões.


Notícias surpreendentes
"Dez novos restaurantes onde tem de meter o garfo" - foi um dos artigos inéditos publicados na nova revista do Observador, que já está nas bancas para comemorar o nosso terceiro aniversário. Agora, colocamos no site as sugestões do Tiago Pais para quem quer experimentar coisas novas.

Era a companhia de circo mais famosa do mundo. O Ringling Brothers, apelidado de “o maior espetáculo na Terra”, deu o seu último espectáculo ao fim de 146 anos. As fotos mostram como tudo aconteceu.

Quer ficar a conhecer a história do mundo inteiro em apenas 20 minutos? Um vídeo que já tem quase 18 milhões de visualizações no YouTube consegue mostrar-lhe isso.

Já sabe que ao longo do dia vamos estar aqui com todas as informações, e uma preocupação especial em relação ao que se passa em Manchester.
Até já!
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