quarta-feira, 3 de maio de 2017

Um bónus para sindicatos// Perdão à Ongoing// Uma mulher na Gulbenkian

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Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Trump e Putin falaram ao telefone sobre a guerra na Síria“A conversa foi muito boa”, diz o comunicado da Casa Branca.
Um ataque suicida em Cabul, junto à embaixada dos EUA, fez dezenas de mortos. Os talibã já tinham avisado que iriam atacar militares no território.
No Brasil, o Supremo mandou libertar José Dirceu. No mesmo dia em que o Ministério Público acusou o ex-ministro de Lula da Silva de ter recebido subornos no valor de 2,4 milhões de reais.
A factura do "Brexit" pode chegar aos 100 mil milhões, apenas no Reino Unido. As contas do Financial Times quase duplicam o valor indicativo do Governo de Theresa May - que ontem ameaçou ser uma "bloody difficult woman" para Juncker.
O iPhone vendeu menos e deixou a Apple na dúvida: a moda está a acabar ou os consumidores estão à espera da próxima novidade? 
Ronaldo só dá certezas ao Madrid. O hat-trick ao Atlético de Madrid bateu mais dois recordes e deixou o clube à porta de outra final.

As notícias do dia  

Na manchete de hoje está um bónus do Governo aos sindicatosque vão poder indicar precários que devem ser avaliados. As últimas sobre o processo de regularização de trabalhadores do Estado são contadas pela Raquel Martins, com um acrescento no Negócios. E comentados por mim no Editorial (chamei-lhe "A ilusão do 1º de Maio"). 
E na submanchete está um perdão de dívidao BCP aceita receber só 20% da dívida da Ongoing. E de onde virá o dinheiro? Parte dele, das Ilhas Caimão, conta-nos a Isabel Aveiro.
Ainda na banca, anote que os protestos contra o encerramento de um balcão da Caixa teve uma pausa, mas não uma desistência; e que a proposta para os lesados do BES seguiu já pelo correio.
O jornal i conta também que o MP quererá agravar as medidas de coacção sobre Ricardo Salgado - mas ao que soubemos esta manhã ainda nada chegou aos advogados do ex-banqueiro.
Oficial é que a PGR admite bloquear links do jogo Baleia Azul abriu três investigações sobre o desafio suicida que está a aliciar jovens em vários pontos do mundo. Neste link tem perguntas e respostas sobre este caso.
A propósito dos mais novos, ontem foi dia de prova de aferição - que alguns pais consideraram "uma brincadeira" (das más). E que levou a Fenprof a pedir um pagamento adequado. Santana Castillho, aqui no PÚBLICO, diz isto: "A imbecilidade das provas para crianças de sete anos".
Na Saúde, conte mesmo com uma greve de médicos: quem está a negociar com eles diz que não haverá fumo branco antes do dia da paragem decretada.
Na política, registe uma nova alteração à lei de financiamento das campanhas - agora empurrada pelo TC, com uma mão cheia de pedidos.
Enquanto isso, o PSD alerta para a dívidao CDS para os serviços públicos. E Marcelo celebra o emprego criado (ou seja, tudo como dantes, Quartel-General em Abrantes).
Falando em Quartel, a decisão de tirar os militares do Kosovo está a levantar críticas raras, num sector sempre disciplinado. A notícia é do DN.

Hoje na agenda
  • O Governo assina com o sector social um acordo para dar o maior aumento de verbas desde 2009
  • Assunção Cristas encerra as Jornadas Parlamentares do CDS-PP.
  • Donald Trump recebe Mahmud Abbas, o Presidente da Autoridade Palestiniana...
  • ... enquanto Putin recebe Erdogan, com a situação na Síria a dominar a agenda de trabalhos.
  • Em França é dia do debate final: Macron vs Le Pen, a escassos dias da segunda volta.
  • O Mónaco, de Leonardo Jardim, recebe a Juventus, na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões

Para saber e pensar

1. A nova cara da Gulbenkian. Em 60 anos de Gulbenkian, Isabel Mota será a primeira mulher na presidência da fundação, uma das maiores da Europa, comosublinha o filósofo Eduardo Lourenço, e a única surpresa é que só agora tenha acontecido. Por trás da cortina, a Isabel Salema encontrou um misto de expectativas: boas porque finalmente a Gulbenkian terá uma presidente a tempo inteiro - e acaba com uma linhagem antiga que a tinha deixado sem rumo. Menos boas porque ninguém sabe realmente o que esperar dela - o plano B que sobrou depois de Guterres ter rumado a Nova Iorque. Afinal, o que vale este lado sorridente, Isabel Salema? E onde investe a Gulbenkian, quando falamos de Cultura? O destaque do PÚBLICO, em dia de mudança, é este.
2. A atracção dos nossos emigrantes por Le Pen, tem explicação? A Clara Barata está em Paris e acompanhou um jogo de futebol, visto do café, à conversa com uma conversa com sotaque português. Há quem fale em "banalização da Frente Nacional", quem garanta que é mais pessimismo do que extremismo, mas também quem contrarie a tendência. A reportagem está aqui - contrabalançada pelo vídeo português contra a abstenção que se tornou viral em França. Agora que sabemos que66% dos votantes de Melénchon não querem ir votar, ainda tem mais valor. 
Porque o tema é central esta semana, mas também porque nos traz muita polémica, aqui fica também o "Envergonhem-se" do Manuel Carvalho; e o "Marine pode ganhar" do Rui Tavares. Os dois valem bem a pena.

3. A família jurássica tem um novo dinossauro. O Galeamopus pabsti viveu há muito, muito tempo mas, oficialmente, só existe (para nós) desde o meio-dia desta terça-feira. Só agora se sabe que este exemplar descoberto há mais de 20 anos nos EUA pertence a uma nova espécie nunca antes descrita. A revelação é feita num artigo publicado online na revista PeerJ e que é também assinado por paleontólogos portugueses. Esqueçam o Spielberg, a aventura está aqui

Só mais um minuto

Para ver como param as modas. Avaliando pela Met Gala, vão excêntricas e transparentes. Catarina, mostras as estrelas?
Para seguir uma aventura de amor - de um homem pela fotografia. Com uma colecção destas, não há quem resista.
E para lhe mostrar o IndieLisboa, que hoje começa, muito atento ao momento que vivemos. Vrai, Jorge Mourinha?
Tudo isto serve para o mote do dia, nada diferente do mote de todos os dias - porque o que é bom não é preciso mudar: que venha um dia produtivo e feliz. É tudo o que precisamos (disso e de boa informação, claro está).
Quanto a nós, é até amanhã!

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