David Dinis, Director
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Um sismo de magnitude 6,5 atingiu a Grécia, fazendo pelo menos dois mortos e 200 feridos. A turística ilha de Kos foi das zonas mais afectadas. A Lucinda Canelas está a fazer a actualização de dados.
O FBI e a Europol fecharam os maiores mercados negros da 'deep web' – uma parte distinta da rede a que só se pode aceder com programas específicos ou com autorização. As plataformas AlphaBay e Hansa permitiam aos utilizadores que navegassem de forma anónima, podendo aceder a mercados ilegais de drogas, armas e a malware (vírus informáticos criados para causar danos aos dispositivos). Na América fala-se de uma vitória "histórica" contra o crime.
Já que falamos em crime, O.J. Simpson vai sair em liberdade condicional,depois de nove anos na prisão. A antiga estrela de futebol americano cumpria, no Nevada, uma sentença de 33 anos de prisão por assalto à mão armada e rapto.“Cumpri o meu tempo”, disse ele.
“De coração partido”: as celebridades partilharam um adeus ao vocalista dos Linkin Park, em choque pelas circunstâncias da morte de Chester Bennington. Aqui no PÚBLICO, recordamos 17 singles dos 17 anos da banda, assim como os seus últimos concertos em Lisboa.
Quanto ao futebol, há boas notícias para benfiquistas (escritas por Haris Seferovic, um nome de que vamos ouvir falar). E declarações azedas para sportinguista ouvir (de Bruno de Carvalho, um presidente que os adeptos, às vezes, preferiam não ouvir falar).
Notícias do dia
Não param os problemas - ou desafios na Administração Interna. Aqui está mais um, na nossa manchete: 30% dos novos radares não funcionam, mas o Estado não vai cobrar aos privados. Explicando melhor: se as penalizações previstas no contrato fossem aplicadas, o consórcio devia mais de um milhão de euros. Mas a ANSR assume a culpa da derrapagem, apesar de o contrato obrigar os privados a cumprir os prazos.
Ainda há a manchete do DN, que é a notícia-que-só-é-notícia-porque-ninguém-faz-nada: os polícias acusados de tortura e racismo continuam ao serviço (4 deles, pelo menos, naquela mesma esquadra).
E depois há os incêndios, que não param: diz a TSF que a segunda vaga de fogos queimou 28 mil hectares em cinco dias - isto já depois de Pedrógão Grande. Já sobre Pedrógão, o que nós contamos hoje é que os investigadores estão a pedir imagens, vídeos e testemunhos sobre o que se passou no incêndio.
Quanto à meia-reforma das florestas, aprovada na Assembleia na 4ª-feira, o que é novo é isto: o acordo com o PCP vai obrigar a um reforço no Orçamento de 2018. Hoje, aqui no PÚBLICO, João Frazão explica por que o PCP votou contra algumas medidas propostas pelo Governo; e Pedro Soares, do Bloco, lamenta que não se tenha ido mais longe nos passos dados (no sentido, claro, do que o Bloco propunha).
Falando em meia-posição, o MNE promete uma nova posição europeia sobre a Venezuela para breve - mas ainda não nos diz se aceitará a imposição de sanções ou não.
Na Saúde, o Governo ganhou um apoio da PGR: o protesto dos enfermeiros é ilegítimo. E há uma novidade na ADSE: vai limitar despesas com transportes de doentes (impondo limites máximos equivalentes aos do SNS).
Falando em contas, as Finanças estão a tentar resolver uma pendurada do Novo Banco. Lembra-se da decisão do Banco de Portugal de passar um milhares de milhões de investimentos para o BES 'mau', gerando uma revolta de investidores internacionais? Pois o governo está a tentar agora uma solução negociada, que implica pagar parte dessa dívida - e que eles depois comprem dívida pública do país. A notícia é do Jornal Económico - e já foi confirmada pelo PÚBLICO.
Outras contas, mas feitas pelo Tribunal de Contas: em ano de eleições autárquicas estão a aumentar os ajustes directos que não consultam mais que uma entidade.
Mas na economia, o tema da semana é a sardinha. Depois do alerta de cientistas europeus, a Comissão Europeia pôs água... no carvão. E o Governo prometeu lume brando (mas comida no prato). Até porque há negócio envolvido. Sabe quanto vale a sardinha na pesca portuguesa?
À pesca, mas de votos para um candidato, foi o que o Observador viu no PSD de Lisboa. Que aqui conta a história (militantes que nunca pagaram quotas e votaram sem saber em quem, carrinhas a descarregar eleitores à porta do hotel, etc).
E porque falamos do PSD, a Maria João Lopes descobriu que há um ano André Ventura já dizia não ser racista, mas… nas redes sociais, o candidato a Loures já escrevia isto: “Não vejo outra solução que não seja a redução drástica da presença islâmica na UE”. Ontem, na TVI24, Manuela Ferreira Leite aconselhou Passos a trocar de candidato.
Não param os problemas - ou desafios na Administração Interna. Aqui está mais um, na nossa manchete: 30% dos novos radares não funcionam, mas o Estado não vai cobrar aos privados. Explicando melhor: se as penalizações previstas no contrato fossem aplicadas, o consórcio devia mais de um milhão de euros. Mas a ANSR assume a culpa da derrapagem, apesar de o contrato obrigar os privados a cumprir os prazos.
Ainda há a manchete do DN, que é a notícia-que-só-é-notícia-porque-ninguém-faz-nada: os polícias acusados de tortura e racismo continuam ao serviço (4 deles, pelo menos, naquela mesma esquadra).
E depois há os incêndios, que não param: diz a TSF que a segunda vaga de fogos queimou 28 mil hectares em cinco dias - isto já depois de Pedrógão Grande. Já sobre Pedrógão, o que nós contamos hoje é que os investigadores estão a pedir imagens, vídeos e testemunhos sobre o que se passou no incêndio.
Quanto à meia-reforma das florestas, aprovada na Assembleia na 4ª-feira, o que é novo é isto: o acordo com o PCP vai obrigar a um reforço no Orçamento de 2018. Hoje, aqui no PÚBLICO, João Frazão explica por que o PCP votou contra algumas medidas propostas pelo Governo; e Pedro Soares, do Bloco, lamenta que não se tenha ido mais longe nos passos dados (no sentido, claro, do que o Bloco propunha).
Falando em meia-posição, o MNE promete uma nova posição europeia sobre a Venezuela para breve - mas ainda não nos diz se aceitará a imposição de sanções ou não.
Na Saúde, o Governo ganhou um apoio da PGR: o protesto dos enfermeiros é ilegítimo. E há uma novidade na ADSE: vai limitar despesas com transportes de doentes (impondo limites máximos equivalentes aos do SNS).
Falando em contas, as Finanças estão a tentar resolver uma pendurada do Novo Banco. Lembra-se da decisão do Banco de Portugal de passar um milhares de milhões de investimentos para o BES 'mau', gerando uma revolta de investidores internacionais? Pois o governo está a tentar agora uma solução negociada, que implica pagar parte dessa dívida - e que eles depois comprem dívida pública do país. A notícia é do Jornal Económico - e já foi confirmada pelo PÚBLICO.
Outras contas, mas feitas pelo Tribunal de Contas: em ano de eleições autárquicas estão a aumentar os ajustes directos que não consultam mais que uma entidade.
Mas na economia, o tema da semana é a sardinha. Depois do alerta de cientistas europeus, a Comissão Europeia pôs água... no carvão. E o Governo prometeu lume brando (mas comida no prato). Até porque há negócio envolvido. Sabe quanto vale a sardinha na pesca portuguesa?
À pesca, mas de votos para um candidato, foi o que o Observador viu no PSD de Lisboa. Que aqui conta a história (militantes que nunca pagaram quotas e votaram sem saber em quem, carrinhas a descarregar eleitores à porta do hotel, etc).
E porque falamos do PSD, a Maria João Lopes descobriu que há um ano André Ventura já dizia não ser racista, mas… nas redes sociais, o candidato a Loures já escrevia isto: “Não vejo outra solução que não seja a redução drástica da presença islâmica na UE”. Ontem, na TVI24, Manuela Ferreira Leite aconselhou Passos a trocar de candidato.
Textos onde parar
Foi um dos nossos textos mais lidos de ontem - e começo por ele: Um em cada três casos de demência é evitável — e nem são precisos medicamentos.É como diz, e bem, a Mariana Correia Pinto: pode causar estranheza aos leigos, mas a prevenção da demência não é um assunto só para velhos: aumentar a educação durante os primeiros anos de vida e apostar, especificamente, no combate à perda de audição pode reduzir a incidência de demência.
Tenho um robot na mesa ao lado e o meu patrão é um algoritmo. Gig, Uber, Sharing. A economia adoptou novos nomes e conceitos. Rodeou-se de tecnologia. Há quem fale em mais liberdade e quem tema mais exploração. Afinal, para onde caminha o mercado de trabalho? A Mariana Correia Pinto, aqui do P3, esteve a ouvir os especialistas e dá as respostas previsíveis (que estão mesmo muito longe de ser ficção científica).
Entrado no ípsilon, vai encontrar o homem que criou o HOPE de apoio a Obama. Em 2008, quando ficou conhecido por aquele cartaz, tudo parecia possível. Hoje com Trump no poder o cenário é negro. Ainda assim é a esperança que faz mover um dos mais importantes artistas gráficos e urbanos contemporâneos. Esta sexta Shepard Fairey inaugura uma exposição em Lisboa. E o Vítor Belanciano teve a sorte de o entrevistar: “A arte política nunca foi tão necessária como hoje”.
Quer outra prova disso? Ora veja este título: a NATO e Rússia brandem espadas nas maiores manobras militares desde a Guerra Fria. Do lado de cá, o exercício chama-se Saber Guardian, do lado de lá Zapad. Os dois blocos mostram músculo e a rapidez com que podem atacar. Onde é que isto vai acabar? É o mote para o texto da Foreign Policy, que publicamos em exclusivo por cá.
Foi um dos nossos textos mais lidos de ontem - e começo por ele: Um em cada três casos de demência é evitável — e nem são precisos medicamentos.É como diz, e bem, a Mariana Correia Pinto: pode causar estranheza aos leigos, mas a prevenção da demência não é um assunto só para velhos: aumentar a educação durante os primeiros anos de vida e apostar, especificamente, no combate à perda de audição pode reduzir a incidência de demência.
Tenho um robot na mesa ao lado e o meu patrão é um algoritmo. Gig, Uber, Sharing. A economia adoptou novos nomes e conceitos. Rodeou-se de tecnologia. Há quem fale em mais liberdade e quem tema mais exploração. Afinal, para onde caminha o mercado de trabalho? A Mariana Correia Pinto, aqui do P3, esteve a ouvir os especialistas e dá as respostas previsíveis (que estão mesmo muito longe de ser ficção científica).
Entrado no ípsilon, vai encontrar o homem que criou o HOPE de apoio a Obama. Em 2008, quando ficou conhecido por aquele cartaz, tudo parecia possível. Hoje com Trump no poder o cenário é negro. Ainda assim é a esperança que faz mover um dos mais importantes artistas gráficos e urbanos contemporâneos. Esta sexta Shepard Fairey inaugura uma exposição em Lisboa. E o Vítor Belanciano teve a sorte de o entrevistar: “A arte política nunca foi tão necessária como hoje”.
Quer outra prova disso? Ora veja este título: a NATO e Rússia brandem espadas nas maiores manobras militares desde a Guerra Fria. Do lado de cá, o exercício chama-se Saber Guardian, do lado de lá Zapad. Os dois blocos mostram músculo e a rapidez com que podem atacar. Onde é que isto vai acabar? É o mote para o texto da Foreign Policy, que publicamos em exclusivo por cá.
Agenda do dia
- Marcelo reúne o Conselho de Estado e o Conselho Superior de Defesa Nacional, no primeiro caso com uma agenda económica na agenda oficial. Quanto à agenda não oficial, só mais tarde a conheceremos (ou talvez não);
- António Costa apresenta os novos transportes públicos movidos a energia limpa, um investimento alto que vai para várias cidades do país;
- Hoje é dia de greve na PT, inédita nos últimos anos, para contestar a passagem de trabalhadores para empresas laterais do grupo;
- Hoje também é dia de revisões de rating, com a Fitch a classificar Espanha, a DBRS a olhar para a Alemanha e a S&P para a Grécia.
Só para acabar...
“Olá. Meu nome é Frederico Morais, tenho sete anos e ainda vão ouvir falar muito de mim.” No final dos anos de 1990, chegou à redacção da revistaSurfPortugal um envelope com uma fotografia de uma criança franzina, acompanhada com aquela pequena mensagem. Assim foi. Passaram 18 anos e o nome deste jovem tornou-se numa referência do surf nacional e internacional. Esta quinta-feira fez história. E o Paulo Curado aproveitou para nos contar a história dele. É tão bom que só podia ser a minha última recomendação de hoje.
O fim-de-semana (se não as férias) está aí mesmo à porta. E traz-nos estreias da semana (entre outras hipótese do Cinecartaz), um Guia do Lazer cheio de coisas para fazer, Fugas para onde quisermos (mas em estilo), o ípsilon, com muitas e boas sugestões. E o Inimigo Público, para nos deixar com aquela boa-disposição que merecemos.
Daqui segue um abraço e um obrigado, pela companhia de sempre. Vá passando por aqui. E tenha um óptimo fim-de-semana.
Até já!
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