Taxa de desemprego foi de 9,2% em Maio e poderá, de acordo com os primeiros dados provisórios, ter voltado a cair para 9% em Junho.
A taxa de desemprego manteve, durante o passado mês de Maio, a tendência de descida que se verifica nos últimos quatro anos, tendo sido mesmo mais forte do que aquilo que tinha sido avançado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) há um mês na sua primeira estimativa. Em Junho, a queda do desemprego deverá ter-se prolongado.
De acordo com os dados publicados esta sexta-feira pela autoridade estatística nacional, a taxa de desemprego corrigida do efeito da sazonalidade cifrou-se, em Maio, nos 9,2%. Este resultado fica, não só 0,3 pontos abaixo dos 9,5% do mês anterior, como é também inferior aos 9,4% que tinham sido projectados há um mês pelo INE para Maio.
A queda do desemprego foi assim maior do que aquilo que era inicialmente estimado pelo INE e fez com que, igualmente, a suposta antecipação de dados feita pelo ex-líder do PSD Luís Marques Mendes no seu programa de comentário político na SIC — e classificada de "falsa" e "grave" pelo INE — tivesse falhado.
Para além disso, a autoridade estatística aponta agora para que em Junho a taxa de desemprego prolongue a sua trajectória descendente, chegando ao 9%. Este valor é, no entanto, ainda provisório e, tal como aconteceu relativamente a Maio, pode ser sujeito a revisões dentro de um mês.
No que diz respeito aos dados da taxa de desemprego não corrigidos do efeito da sazonalidade, a tendência é semelhante, mas com uma descida ainda mais marcada. Em Maio, o valor registado pelo INE foi de 9%, menos do que a primeira estimativa de 9,2%, representando uma queda de 0,5 pontos percentuais face a Abril. Para Junho, a primeira estimativa do INE é de uma taxa de desemprego de 8,6%.
Aumentar
Estes dados não corrigidos da sazonalidade podem dar uma indicação mais próxima daquilo que poderá ocorrer aos valores trimestrais do desemprego, para os quais o INE usa uma metodologia diferente. A taxa de desemprego trimestral — que geralmente serve de referência para as previsões do Governo e da generalidade das outras instituições nacionais e internacionais — também não é corrigida da sazonalidade e foi, no primeiro trimestre deste ano, de 10,1%.
O INE calcula que, em Maio, tenham sido criados mais cerca de 25 mil empregos, e em Junho mais 19 mil. Tal contribuiu de forma decisiva para que se registasse uma redução do número de desempregados em 30 mil pessoas em Maio e 17 mil em Junho.
Fonte: Público
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