O editorial do jornal do Partido Comunista chinês considera que a China deve defender os seus interesses estratégicos. No caso da Coreia do Norte atacar primeiro, a China deve manter-se neutra.
O Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista da China (PCC), reconhece que o país "não é capaz de persuadir Washington ou Pyongyang a retroceder nestes momentos", mas deve responder "com mão firme" se os seus interesses estratégicos regionais correrem perigo.
Por outro lado, "a China deve deixar claro que se vai manter neutra se a Coreia do Norte lançar mísseis que ameacem o território norte-americano e os Estados Unidos responderem", acrescenta o editorial.
No texto é ainda defendido que a China deve deixar claro que "resistirá firmemente à tentativa de qualquer grupo de alterar o status quo em áreas onde há interesses chineses".
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês pediu esta sexta-feira aos Estados Unidos e à Coreia do Norte para "mostrarem prudência" e "agirem mais ativamente" visando acabar com "uma situação tensa", após nova escalada verbal entre Washington e Pyongyang.
"Apelamos a todas as partes para mostrarem prudência nas suas palavras e ações e a fazerem mais para atenuar as tensões", declarou Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado.
Devem esforçar-se para "aumentar a sua confiança mútua em vez de recorrerem a velhas receitas que consistem em encadear demonstrações de força", adiantou o governo chinês.
Em vez de tentar fazer descer a tensão, o presidente norte-americano, Donald Trump, subiu o tom em relação à Coreia do Norte, que ameaça abertamente o território norte-americano de Guam, no Pacífico.
Acusado pelo regime de Kim Jong-un de ter "perdido a razão", Donald Trump afirmou na quinta-feira que as suas ameaças de "fogo e fúria" contra a Coreia do Norte "talvez não tenham sido suficientemente fortes".
Pequim, principal aliado de Pyongyang, tem tentado manter uma posição neutra e defende uma solução do dossier norte-coreano "através do diálogo".
Fonte: DN
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