sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Também já fui a cigana (ou a preta) dos outros

Ana Sousa Dias 22 DE JULHO DE 2017 -00:55                         

Ela consegue fazer isto, é espantoso. Esta era a reação do patrão que me tinha atribuído uma tarefa ridiculamente fácil, mas como eu era portuguesa ele não esperava que eu conseguisse. Estávamos em Bruxelas em 1973, talvez início de 1974, e naquela pequena empresa os únicos belgas eram o dono e a secretária. Nós, os outros, éramos uma espécie de equipa benetton: uma congolesa, uma espanhola, um vietnamita, uma polaca e eu. Recebíamos menos e tínhamos menos direitos do que os da Comunidade Económica Europeia, na altura constituída por França, República Federal da Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo. E mais o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca, que tinham acabado de entrar.

Nós éramos todos de fora e isso criou cumplicidades com significados diferentes. Anne-Marie, linda e sempre vestida de capulanas espetaculares, era casada com um opositor de Mobutu, um homem de Lumumba que tinha sido forçado a deixar o então chamado Zaire. Tínhamos uma cumplicidade política, uma coisa em meias-palavras. Blanca era exuberante e atrevida. Aproveitava as ausências do chefe e da secretária para falar ao telefone com o namorado em Espanha. Ríamo-nos, só eu percebia o que ela dizia. Barbara encantava-se com os sons do português e de vez em quando ia a minha casa. Gostava da palavra nuvem. O contabilista Trinh era discreto, não convivia connosco.

O patrão, bigodinho estreito e sotaque de Bruxelas, e a secretária eram os únicos monsieur e madame. Nós éramos Anne-Marie, Blanca, Barbara, Trinh e Ana.

A imigração portuguesa tinha sido cortada na Bélgica mas, nesses anos antes do 25 de Abril, o país acolhia quem pedia asilo ao Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas. Havia ONG que disponibilizavam apoio, e a segurança social oferecia um subsídio, as primeiras rendas de casa e algum recheio essencial. Apresentávamo-nos às autoridades todos os meses.

Só tínhamos acesso aos trabalhos que requeriam menos habilitações, enquanto esperávamos o estatuto de refugiados da ONU, as bolsas de estudo ou o reconhecimento das habilitações. Mesmo depois de conseguidos "os papéis" os obstáculos não desapareciam. Era preciso provar--se que se era capaz. A cor da nossa pele era avaliada. Portuguesa e loira? estranhavam constantemente, como se fosse impossível. Vínhamos da Europa do Sul e abaixo de nós, na cadeia alimentar, estavam os marroquinos e os congoleses, as comunidades mais numerosas de então. O G, nascido em Moçambique e desde miúdo criado em Portugal, foi uma vez apanhado a comer morangos no supermercado. Tinha saudades de morangos. Humilharam-no como se fosse um criminoso e ele chorou de raiva.

Se conto isto não é para reivindicar nada, é apenas para dizer como é fácil sermos tratados como "os outros", aqueles de quem se desconfia porque não pertencem ao grupo. Estávamos na Bélgica depois de termos sido recambiados na fronteira da Suécia: "Estamos fartos de pagar impostos para vos sustentar." Puseram-nos no mesmo barco em que chegáramos, como se fossemos perigosíssimos, os passaportes riscados a vermelho e entregues à polícia marítima. Tínhamos a polícia alemã à espera para nos interrogar e finalmente lá nos deixaram apanhar o comboio para Bruxelas.

Este é o tema destes dias, em Portugal, 2017, com a revelação de situações insuportáveis na Cova da Moura e com a discussão sobre palavras de um candidato autárquico sobre ciganos. E a este propósito tenho, assim de repente, duas reações. Uma é aplaudir e adotar a resposta de Mamadou Ba na RTP: não entro em concursos de burrice. Não me faz sentido repisar argumentos mais do que esclarecidos. Outra é voltar ao livro Racismo, de Francisco Bethencourt, português académico do King"s College de Londres. É um estudo profundo das origens do racismo. O historiador pesquisa e analisa as relações com "os outros" desde o tempo das Cruzadas e até ao século XX, para concluir que "o racismo foi motivado historicamente por projetos políticos". Percorre o mundo inteiro, os diferentes contextos, as teorias "científicas" das raças, os genocídios, as guerras:

"A norma de comportamento antirracista prevalece agora na maior parte do mundo. Todavia, o racismo não desapareceu. Abandonou, isso sim, a reivindicação de diferenças físicas, substituindo-as pela incapacidade cultural. A migração não é criticada com argumentos físicos, mas sim através da ideia de atraso cultural de incapacidade de adaptação. O argumento da inferioridade foi abandonado no debate político; agora, os imigrantes são acusados de desfrutarem de assistência social que não foi criada por eles."

Numa bela manhã a Anne-Marie chegou entusiasmada e disse-me: houve uma revolução no teu país. Abraçou-me, em festa ela também. Consegui a custo que o patrão pagasse o dinheiro que me devia. Era pouco, evidentemente, mas deu para pagar a viagem de comboio.

Fonte: DN

Comentários
É isso. Os portugueses são conhecidos por terem memória curta. Já se esqueceram que outrora também fomos emigrantes, estranhos, formamos comunidades, fomos olhados de canto e também recebemos subsídios, ajudas, escolas de graça, médicos de graça, em países que nem eram os nossos. Mas enfim... argumentar com burrices é perda de tempo.
Tó-zé De Sousa Ferreira · 
PIOR é que tanto a DIREITA COMO A ESQUERDA têm memória curta, tão curta como os 300 euros que agora dão como RSI a uma família de 4 enquanto eles na função pública levam para a família 3000 e 10 mil euros para casa. NENHUMA diferença têm apenas que a direita é MAIS MAL EDUCADA e a esquerda MAIS HIPOCRITA, mas na prática tão xenófobo é a esquerda que NEGA uma vida HUMANA aos pobres como pior que xenófobos é a direita mal-educada ao serviço do Diabo.
GostoResponder722 de Julho de 2017 11:07Editado
Fernando Antunes · 
Por isso mesmo é q não argumento contigo. Rsrsrs
GostoResponder222 de Julho de 2017 11:07
Mario Vieira · 
Tó-zé De Sousa Ferreira mentirosos à muitos e parece que fazes parte desses. Gostaria que comprovasses o que dizes. Não comeces por pôr os politicos, porque esses não pertencem à função publica. Vai à busca dos trabalhadores da função publica e vê com os teus olhinhos quanto levam para casa. Acho que mudarias de opinião
GostoResponder3222 de Julho de 2017 11:49
Maria Rebeca
Por esses anos eu vivi em Inglaterra, na Suiça e na Holanda. Não sou loira nem tenho olhos azuis, mas nunca me senti nem "cigana", nem "preta". Para mim era normal ter amigos dos países onde vivia, pelo que encontrava maneira de "entrar" no ambiente e pouco tempo depois estava integrada. Estudei entre eles e trabalhei entre eles. Usava a minha "diferença" como mais valia para me integrar. Eu, Maria ou Márriá, a portuguesa, que gostava das suas comidas, das suas músicas, dos seus espectáculos, da sua vida ao ar livre, dos seus pubs ou bistrots, que queria o mais possível perceber como viviam (tão diferente de nós!), tinha "coisas" para lhes oferecer como forma diferente e curiosa de estar na vida. Quando os fiz compreenderem isso, "entrei" naturalmente nas suas vidas. Mas, primeiro, fui eu que, decididamente, me quis integrar.
Antonio Salgueiro
Pois claro. E foi sempre assim, mascarilha a adaptada, e sempre adaptável, muito à la kennedy, não pensem no que pode fazer por vós, mas no que vós podeis fazer por ele. Por ele, pelo país, pela adaptação, por Maria Rebeca. E pela sua máscara... Grande Marriá, ganda rebecá...
GostoResponder122 de Julho de 2017 18:05
Maria Rebeca
Antonio Salgueiro bela palavra, máscara. Poderia ser má-cara e não entendo a razão do plural, mas sei que há enigmas que nunca serão revelados. Por exemplo: por que traduzimos Persona por Máscara? Agora vejo como ele cresceu, o pequeno Jorgen, desde o Tystnaden. Vamos lá traduzir Tystnaden! Cá para mim é Persona! É óbvio que Tystnaden em português é Persona!
GostoResponder123 de Julho de 2017 11:52Editado
Vitória Cpb · 
Trabalha na Empresa Reformada
Cada caso é um caso!!! As pessoas sao naturalmente muito diferentes, cresceram em meios diferentes, tiveram pais diferentes, etc etc...E acho que é pena cada um, ou diria melhor, alguns so testemunharem de si proprios, como a considerar-se um modelo, um prototipo.........(pontos de vista....)
GostoResponder123 de Julho de 2017 12:26
Emídio Cardoso · 
O que pretende a autora chegar com este relato?Há muitos anos que sou emigrante e escutei comentários de todas as espécies.Ser português era sinónimo de dúvida,ser apartado ao que eu sempre respondia,com respeito honestidade e profissionalidade.Com esta maneira de ser consegui modificar a mentalidade que certas pessoas tinham dos portuguêses.Porém muitos e muitos respondiam com a má educação e segundo o trato que recebiam; gerando situações graves...os portuguêses!Ser emigrante não é exigir que os outros se moldem a nós,mas respeitarmos os usos e costumes da terra que nos acolheu.
Vitor Martins · 
Trabalha na Empresa Vitor pi
...nã foi emigrante nhttps://youtu.be/ylRyRyiiF00
s anos sessenta...
GostoResponder122 de Julho de 2017 16:28
Rui Frias
Porque se escreve tanto comentário idiota ? Somos um povo que se auto-destroi, pelos complexos adquiridos durante tantos anos de pobreza. Daí, andarmos normalmente de cabeça baixa e mão estendida. Somos também, todos bons e de repente, somos todos maus e mal cheirosos, como se fossemos uma casta indesejada. Nunca fui emigrante, mas viagei por quase toda a Europa. Embora tivesse sido bem recebido, porque fazia por isso, encontrei casos, que me levaram a reflectir. É sabido, que quem recebe, não gosta de se sentir incomodado, pela alteração de costumes, pelo barulho, pela falta de educação e pel...Ver mais
Antonio Salgueiro
Muito aligeirado. Para não se dizer uma 'fantasia'. A começar pelo título. sorry
Responder22 de Julho de 2017 19:58
Vitória Cpb · 
Trabalha na Empresa Reformada
Se acha que você foi mais além..... em texto talvez, mas de certeza nao em conteudo!!!!!
Responder23 de Julho de 2017 17:49
Rui Frias
What ? Não sei se a Victória ( vai com um "c", porque foi assim que me ensinaram português ) leu bem o meu comentário...! Sinceramente, não encontro explicação, para que a Victória achasse a dúvida, de que eu achasse que fui mais além. Também, se achasse alguma coisa, ( o assunto até tinha pano para mangas ) para poder ir mais além, no texto . Não seria aqui, que gostaria de escrevinhar conteúdos...! Aliás, gosto muito da prosa suave de Ana Sousa Dias, só que eu gostaria que ela explanasse mais as suas observações, com a sua forma de dizer, e o sentir-se cigana lá fora, porque me parece, que é esse, um dos sentimentos de alguns portugueses menos ousados, quando afinal, são eles, os que constroem as novas cidades dos outros...!
Responder23 de Julho de 2017 19:59Editado
Mario Vieira · 
A realidade é que te adaptaste como os teus aos teus tempos como imigrante e muito bem. O que se passa cá é muito diferente, é não quererem respeitar as leis do País que os acolheu. Para eles todos nós temos de servir para com os nossos impostos eles poderem estar de papo para o ar, mas não são só os "pretos", os "ciganos", também há muito "branco" por aí que é exatamente a mesma coisa. Se deres a oportunidade, a qualquer homem ou mulher que esteja a receber RSI, e arranjar-lhes um trabalho das 8 às 6 da tarde como o comum dos mortais, não o vão aceitar. Se quiseres posso-te dar muitas situações dessas aqui onde vivo, mas como dá votos nunca lhes cortam o subsidiozinho que os outros pagam com os seus impostos, além de pagarem outros bens mais baratos como seja a água, a luz e muitas outras coisas. Eu quando quero algo pago por isso, ninguém me dá borlas, nem as queria.
Jose Filipe · 
Isto é verdade. Estas questões devem ser conhecidas e estudadas para que medidas corretas possam ser tomadas. Nâo à Censura feita pelos xénofobos do politicamente correto que são muitas vezes manipulados politicamente.

Todos os problemas devem ser tratados de forma isenta. Problemas sociais, problemas que grupos sofrem e também problemas que causam. Dizer que determinado grupo de individuos é discriminado deve poder ser dito, tal como, se deve poder dizer que determinado grupo não cumpre as regras sociais ou as leis.
Responder22 de Julho de 2017 19:42
Teresa Muge · 
Obrigada Ana Sousa Dias pelo seu texto! Em tempo de destruição de memórias é bom reafirmá-las com a autenticidade que lhe reconheço. Quando as coisas são autênticas deixam sempre uma ponta solta, um elo menos forte, aqui uma contradição, ali uma incoerência... Essa é a cara do humano. As narrativas fechadas, redondinhas, não têm ponta por onde se lhe pegue, pelo que não são credíveis. Essa também é a causa da descredibilidade do discurso politicamente correcto. Daí o ter gostado tanto do seu 'desabafo' a puxar orelhas a quem já se esqueceu ou não quer lembrar o quanto desumanamente tratámos e ...Ver mais
Antonio Salgueiro
Alguém tem um lenço?... 
Responder24 de Julho de 2017 2:26
Vitor Serra · 
Já não se pode dizer nada contra a etnia cigana? É mentira os casamentos combinados entre famílias? É mentira que as jovens têm de provar a sua virgindade perante estranhos? É mentira a ablação do clitóris em muitos grupos. É mentira que quando há um problema na escola com um cigano atacam os professores? É mentira que retiram as raparigas dos estudos? É mentira que dos seus rendimentos só 9,1% é do trabalho? É mentira que recebem o rendimento mínimo e muitos deles exibem carros de luxo, e não são em 2.ª "mão"...
Os ciganos não se querem integrar na maioria dos casos. Quando se arranja casa para ciganos tem de se arranjar para o clã na totalidade pois querem ficar uns ao pé dos outros, ocupam casas e é o cabo dos trabalhos para os tirar de lá. Quando os juízes os condenam muitas vezes é com pena suspensa tal o receio embora isso não seja um problema só com ciganos...
Fernando Soares · 
Interessante Opinião, manifesta de forma interessante, mas, com uma questão central descurada. Escrevendo para o grande público, deve dizer taxativamente, no princípio, no meio e no fim, o que vai dizer, como e porquê.

Senão, a matéria para reflexão, que propõe, é descurada, e, em lugar surge o princípio de Goebbels: "não debater o conteúdo, denegrir o emissor"!

Ora, aprecie-se os comentários!
Carmo Matos
Obrigada pelo texto !
A partilha destas memórias é preciosa num tempo em que parece ter sido esquecido todo o género de humilhações a que os emigrantes portugueses têm sido sujeitos nos países onde nós somos os outros !
Rui Almeida
Escrever isto e não escrever nada é a mesma coisa. Aliás, não escrever nada seria melhor, deixava espaço de jornal para outros escreveemr algo que valesse a pena e compensasse o leitor. Proponho à direção do DN que pague a esta senhora para não fazer nada - algo em que, ao que parece, ela é grande especialista.
Joao Massano · 
Não sei qual a linha politica da Sra, mas pelas respostas ofensivas de alguns comentadeiros, que eles é que deviam não escrever nada, que era mais saudavel.
Responder22 de Julho de 2017 11:17
Ricardo Da Cruz · 
Mas o que parece tu deves de ser um grande especialista em dizer asneiras
Responder22 de Julho de 2017 13:42
Joao Massano · 
Ricardo Da Cruz tu é sucia não te conheço de lado nenhum, mas pelos vistos açertei no alvo.
Responder22 de Julho de 2017 23:48
Maria Isabel Pinto Ventura · 
Artigo cheio de humanidade, de alguém que sofreu a discriminação que alguns portugueses fazem aos imigrantes e aos portugueses que não são brancos. Sim, porque os ciganos são portugueses, com "papéis passados" e tudo! Tenho orgulho por este país que é o meu estar a contribuir para muitas mudanças na comunidade cigana. É verdade que ainda não são as desejadas, nomeadamente no que respeita às mulheres ciganas. Mas já há pais que querem que as suas filhas estudem e não as obrigam a casar aos 12 anos e a abandonarem a escola. Já há mudanças e muitas mais se seguirão. E isso é um motivo de orgulho para os portugueses e não de desconfiança.
Paulo Santos Filipe · 
Nunca me cheirou essa ideia dos portugueses de gema serem coleccionadores de subsídios, ajudas de integração sim, mas depois reconhecidos pela qualidade do trabalho, para não me alongar demasiado! O problema cá não são os portugueses é a maioria da "elite"!
Laura Lóio · 
Adorei este texto! É de lamentar que em pleno séc XXI ainda haja tanto racismo e xenófobia! Nós, portugueses, estamos espalhados pelo mundo.
Antonio Salgueiro
Uma espécie de batedora, avant la lettre, da nossa Marisa, que ainda há dias foi di ji numa noite musical bruxelense dedicada ao senhor Jeroen. Imaginem a Ana a correr para a praça lemmonier onde o augusto bem entalado na federação geral dos trabalhadores belgas distribuia empregos pelos amigos. Nesse tempo não havia di jis nem tempo para noites musicais. Era tudo a sofrer, a sofrer... ui tanto sofrimento...ui tanta luta...E o midi? Bem, o midi... Só de pensar que aquele malandro do verlaine tentou balear no pansil o rimbaud, o menino dos sapatos de vento... foi bem feito... foi parar à prisão...Ver mais
Luís Bê · 
Curiosamente da comunidade cigana não há qualquer resposta... da comunidade branca são estes desabafos pindéricos, comparando o incomparável, o passado com o presente, fazendo poesia barata sobre uma realidade que não conhecem ou não convivem... De facto a esmagadora maioria dos ciganos vive do RSI. Porquê? Isso é que importava debater e não estas criticas censórias sobre o que fica bem ou não fica bem dizer, a um candidato que vai ser "julgado" pela população de Loures.
Há falta de oportunidades para a etnia cigana se integrar na sociedade? Há falta de vontade deles em se integrarem? Etc, etc..
Gustavo Vasques · 
Que eu saiba os ciganos não São emigrantes, já nasceram em Portugal há várias gerações, mas muitos poucos se integraram. Querem ter o seu modo de vida, tudo bem, mas então não queiram viver há minha custa ou dos outros. Conheço alguns que têm o seu comércio e pagam os impostos.
Silva Duarte Lina · 
Tantos comentários para que serve? Não há dialogo nenhum que possam levar a uma converssa contrutiva. Todos sabem e todos se rieem. Uns contradizem a convivência dos outros, derrobam-se as opiniões de uns e outros. Qual será o país em que todos cumprem as leis? Para mim pessoalmente não há nenhum.
Valentina Vila Nova · 
A má memória faz com que se ignorem verdades! Quando tivemos "todos" direito a subsidio de férias, de natal, salário minimo, etc...... ainda alguém lembra?
Julia Wallers · 
Muito bem...... Grandes verdades..... E tudo continua quase igual, mudaram-se apenas certos nomes, mas o fundo é o mesmo......
Daniela Barreto · 
Pela maioria dos comentários aqui apresentados, constato que realmente este país vai lamentavelmente continuar a ser racista por muitos e muitos anos...
Jose Filipe · 
Claro que sim. Só poderá ser e continuar a ser.
Porque não se resolvem os problemas. Ninguém tem coragem.
Nem sequer se podem falar dos problemas, tal a xenofobia do politicamente correto. Assim, metendo a cabeça na area, o racismo não diminuirá, pois os cidadãos veêm e sentem situações desagradáveis.

Há que saber, estudar e tomar medidas. Sempre positivas de integração. Mas conforme se dá também se deve exigir. E quando se exige tem de se exigir da mesma forma como se fosse para qualquer outro cidadão.
Responder22 de Julho de 2017 19:51
Pedro Sérgio · 
Jose Filipe posso concordar com a maior parte do que diz, mas essa conversa do politicamente correto (ainda por cima classificado de xenófobo) já enjoa. Cheira a alt-right à distância, direita essa que fez eleger o energúmeno Trump. Qualquer tentativa de responsabilizar o discurso discriminatório, racista, xenófobo ou homofóbico é invertida como ato de censura, contra a liberdade de expressão (xenófobo?! Ora benza-o deus!). Nem vale a pena desmontar a falta de lógica disto. Mas se para qualquer coisa toda esta polémica serviu, foi para desmontar o mito do país multicultural de brandos costumes. O ódio racial que transparece nestas caixas de comentários fala por si só. Isso e os os sapos à porta das lojas... Só espero que, quebrado o tabu do discurso alarve e populista que os partidos do sistema até agora têm sabido manter. a coisa não se transforme em algo mais consistente e PNR's e quejandos não capitalizem os medos irracionais e a ignorância da populaça...
Responder23 de Julho de 2017 10:46
Cláudio Teixeira
a polemica não tem a ver com a cor mas com a atitude com que se enfrenta a vida burlar traficar roubar nunca foi saudavel
Joao Costa · 
Uma mal agradecida.... Deram-lhe emprego e ainda reclama...queria ser a mademoiselle!!!! mais uma parola a dar má fama a Portugal!!!
Rui Almeida
Escrever isto e não escrever nada é a mesma coisa. Aliás, não escrever nada seria melhor, deixava espaço de jornal para outros escreveemr algo que valesse a pena e compensasse o leitor. Proponho à direção do DN que pague a esta senhora para não fazer nada - algo em que, ao que parece, ela é grande especialista.
Responder122 de Julho de 2017 8:50
Luciano Craveiro
Ler toda esta resenha deu-me cá um sono....
Daniel Carr
Há um ponto em que a sra. comentadora acertou: a questão não é a etnia (ou seja, características biológicas) mas sim a cultura, no sentido de modo de pensar e viver.
Notei que muitos dos que escreveram sobre os ciganos, seja a favor ou contra, pouco conhecem deles, o que de resto não é de admirar.
Os problemas que existem, ou podem vir a existir, com ciganos derivam unicamente da existencia de uma comunidade cigana muito coesa, muito viva.
Claro que há ciganos que já não pertencem, ou nunca pertenceram, à comunidade cigana, mas esses nem sequer como ciganos são tratados ou reconhecidos.
Os mem...Ver mais
Responder22 de Julho de 2017 9:38
Maria Rebeca
De acordo. Há, neste assunto, um paradoxo que se arrasta há demasiado tempo e que, por não ser resolvido pelas autoridades responsáveis, faz piorar a reação das populações que assistem, impotentes, à situação: eles não se querem integrar nas responsabilidades, mas querem e gostam de estar integrados nos direitos. Como muito bem diz, ninguém tem nada contra ciganos (ou outros) que assumam as responsabilidades de cidadania.
Responder22 de Julho de 2017 12:19
Pedro Sérgio · 
Daniel Carr a maioria dos ciganos em Portugal são portugueses... Ao longo da história foram mais sujeitos a expulsões do território nacional do que os judeus.
Responder23 de Julho de 2017 10:53Editado
Gabriela Sotma
As tais etnias ou raças são minoria quando lhes convém porque nas estatísticas da criminalidade/delinquência até devem ser maioria, porquê?
Antonio Salgueiro
Querida Matos, porque são sempre as minorias a conduzir os interesses é que a Democracia se revela frágil e periclitante. A Democracia é a Pólis a pensar nas maiorias, que somos todos, minorias, inclusive, integradas na grande maioria, o país!?...
Responder22 de Julho de 2017 18:09
Jorge Martins Silva · 
O chamado racismo é essencialmente económico. Quem está bem tem medo que o outro lhe tire as vantagens que ele tem. Seria melhor usar-se a frase "discriminação social" pois o racismo está muito ligado à raça negra que, por ter a pele muito escura, é facilmente reconhecida à distância. Se formos a África ou à Índia temos "racismo" mesmo entre os próprios locais. Em suma, os poderosos temem os pobres pois sabem que eles são ricos porque enriqueceram, ou vivem melhor, à custa dos pobres, apenas isso.
Ana Ahrens Teixeira Mahzouli · 
Se calhar de alguns que estão no Topo dos nossos Políticos!!!!!
Afonso Fonseca · 
finalmente alguém com uma opnião pública toca nesse assunto. acrescento uma coisinha. nós portugueses que duma forma ou de outra fomos procurar melhor vida em outros países, foram milhões, e milhões (há tantos portugueses em Paris como há em Lisboa) porém, quando as pessoas do Leste, Brasil vieram para cá, começamos a olhar para eles com arrogância e até desprezo. acusávamo-os de vir roubar trabalho aos Portugueses, mandávamos e mandamos-os para ir embora para os seus países, temos atitudes chenófobas, e logo nós que jamais devíamos ter tais ações já que se há povo que emigrou fomos nós...
Sandro Matias
Nao percebi nada deste texto. A senhora trabalhava, e queria faze.lo. o problema e que muita gente nao o quer fazer e viver de esmolas, subsidios, como um animal no zoologico à espera que lhe tragam o almoco. Estes apoios nao servem pra nada, so pra empurrar pessoas pros guetos e retirar a vontade e a motivicao para se entregar. Deem apoios por objectivos, para quem quiser ir pra universidade criar o seu emprego. Abomino as pessoas que tratam os outros com condescendencia, como o se fossem incapazes de se integrar por causa das suas origens e ainda se vem exibir como grandes seres humanos por o fazer.
João Dente
Ricardo Oliveira a tua sensibilidade é inferior á de 1 asno.

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