terça-feira, 12 de setembro de 2017

Misericórdia e Justiça de Nossa Senhora expressas na 5ª aparição

Marcos Luiz Garcia



No dia 13 de setembro comemoram-se os 100 anos da 5ª aparição de Nossa Senhora. Deve-se ressaltar que nessa aparição compareceram na Cova da Iria entre 15 e 20 mil pessoas. Isso mostra de um lado como tais aparições se propagaram e, de outro, como Ela já agia no fundo das almas visando atraí-las para a sua Mensagem salvadora.

Sempre solícita e procurando comover aqueles corações ávidos de Deus, nessa 5ª aparição Nossa Senhora se esmerou em apresentar algo de muito atraente, conforme relata a Irmã Lúcia em suas memórias: “…o súbito refrescar da atmosfera, o empalidecer do Sol até ao ponto de se verem as estrelas, uma espécie de chuva como que de pétalas irisadas ou flocos de neve que desapareciam antes de pousarem na terra. Em particular, foi notado desta vez um globo luminoso que se movia lenta e majestosamente pelo céu, do nascente para o poente e, no fim da aparição, em sentido contrário”.

Portanto, um cenário maravilhoso para relacionar aquela manifestação com o Céu e, certamente, com o Triunfo do Imaculado Coração de Maria.

Mais uma vez Nossa Senhora pediu-lhes que rezassem o Terço todos os dias para alcançar o fim da guerra, prenunciando assim sua misericórdia para com o mundo pela cessação da primeira guerra mundial.

Em seguida, disse: “Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo”. Era mais um convite estupendo à adesão da humanidade a Ela.

Como não identificar essa aparição da Santa Mãe de Deus como sendo mais uma enorme manifestação de sua misericórdia?

Nela, Nossa Senhora mostrou outro aspecto particularmente materno de sua alma, ao dizer às crianças para mitigarem –– não para suspenderem –– suas penitências: “Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda (a qual amarravam apertada em torno da cintura). Trazei-a só durante o dia”.

Mas esse aspecto materno não excluía outro lado de Maria Santíssima, que pode desapontar certas almas que se recusam a ver esta outra faceta igualmente admirável de sua alma: o senso de justiça. Zelosa em comunicar os pedidos das pessoas ali presentes, Lúcia disse:

“Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas, a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo. 

“–– Sim, alguns curarei. Outros não”.

Por que uns sim e outros não? Para certas mentalidades sentimentais, essa atitude de Nossa Senhora é inexplicável. Por que não curar todos? Afinal, a bondade de seu Coração Imaculado não impõe que Ela o faça? Não estaria Ela “discriminando” as pessoas?

A Virgem Santíssima não pensa assim. Nem sempre uma cura física (o que mais se pede hoje) é o melhor para certos indivíduos que, uma vez curados, ficariam com risco muito maior de pecar. Ora, Nossa Senhora abomina o pecado e não faz cambalachos com quem peca. Por isto, o melhor para elas é que a cura não seja concedida. É o amor materno insuperável de Nossa Senhora que age assim. Tudo o que não seja isso é uma falsa misericórdia, e não um amor autêntico, pois Deus rejeita todo pecado e não pactua com nenhum.

Ora, se Nossa Senhora trata assim os católicos, que são seus bons ou maus filhos, como acreditar que não leve em consideração os pecados e perdoe indiscriminadamente todo mundo de tudo, sem prévio arrependimento nem firme propósito? Essa é uma Ilusão sentimental e avaliação distorcida da mentalidade d´Ela e do próprio Deus.

Entre esses católicos sentimentais e relativistas há aqueles que, por exemplo, consideram natural pertencer a outras religiões, mesmo pagãs, fato que não impediria Nossa Senhora tratar tais pessoas da mesma forma que aos católicos, pois, oh blasfêmia, Ela seria “ecumênica”. Nada de mais falso. O falso ecumenismo de hoje visa colaborar para o gradual desaparecimento da devoção mariana do cenário católico, pois as outras falsas religiões não simpatizam com o papel ímpar d’Ela nos planos de Deus, os quais são, por assim dizer, exclusivamente católicos, apostólicos, romanos.

Antes de se retirar para o Céu, Nossa Senhora disse ainda as seguintes palavras: “Em outubro farei o milagre para que todos acreditem”. 

No entanto, até em altíssimos escalões há muita gente que não leva a sério a Mensagem de Fátima, mesmo diante do milagre colossal operado diante de 70 mil pessoas, a ser comemorado em outubro próximo!

Que Nossa Senhora tenha pena dos homens atuais, especialmente daqueles que poderiam mudar a face do mundo se levassem a sério a Mensagem de Fátima, mas que preferem desprezá-la, ignorá-la ou negá-la.

Vinde Senhora de Fátima, não tardeis mais! Olhai compassivamente para os vossos filhos, que lutam isolados, perseguidos, mas cheios de Fé e confiança em Vós.

Fonte: ABIM

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