quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Câmara de Vagos compara incêndios a terrorismo e propõe “medidas drásticas”

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O presidente da Câmara de Vagos, Silvério Regalado, comparou hoje os incêndios que assolaram Portugal a atos de terrorismo e propôs um conjunto de "medidas drásticas" políticas e legislativas para enfrentar uma "situação drástica".
"Sei das repercussões das palavras que agora utilizo, mas estes incêndios, a maioria com mão criminosa, já vitimaram cerca de uma centena de pessoas em Portugal. Se isto não é terrorismo, o que será?", questiona o autarca num texto divulgado hoje de madrugada na sua página pessoal do Facebook.
Silvério Regalado, que foi reeleito com maioria absoluta nas eleições autárquicas de 01 de outubro, diz que enfrentou com "revolta, angústia e impotência" os fogos que devastaram o seu concelho.
O autarca quer "penas agravadas para os terroristas incendiários, com possibilidade de decretar prisão preventiva até julgamento, nos períodos mais críticos (desde maio até outubro), dos suspeitos".
Defende a colocação de meios militares armados na prevenção e vigilância, com possibilidade de identificar e deter eventuais suspeitos, nos períodos críticos, e quer que os municípios tomem posse administrativa dos terrenos por limpar, que serão devolvidos aos proprietários que paguem as limpezas que tiverem de ser feitas.
Silvério Regalado quer também melhorar o planeamento florestal, admitindo "a expropriação de algumas faixas de gestão, com o pagamento do preço justo aos proprietários dos terrenos utilizados", acompanhado da "criação de uma bolsa de serviços cívicos de limpezas de matas propriedades do Estado, para pequenos delinquentes, acusados de crimes de menor gravidade, por forma a substituir ou diminuir penas que tenham que cumprir".
Defende ainda a criação de bolsas de serviços cívicos de limpezas de matas propriedades do Estado para quem usufrua de medidas do Rendimento Social de Inserção.
O Estado deve "dar o exemplo" na gestão das matas nacionais, criando medidas de incentivo, no âmbito do Portugal 2020, para melhorar a gestão de perímetros florestais públicos e privados, defende o autarca.
"Estes são alguns contributos efetivos que quero publicamente deixar para iniciar uma discussão séria sobre este assunto! Como podem reparar, deixei de fora as questões do combate. Para tragédias desta dimensão o combate é feito por todos!", sublinha Regalado, que considera um erro estratégico da tutela desmobilizar meios nesta altura do ano.
O autarca refere ainda que tem consciência de que nos últimos dias os vaguenses "foram deixados à sua sorte" pelas autoridades nacionais.
"Agora é hora de reconstruir tudo o que nos foi roubado", diz o autarca, que "termina com a única notícia boa: Felizmente, não há mortes a lamentar em Vagos".
Lusa

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