Pedro Passos Coelho interrompeu a reunião extraordinária da bancada parlamentar para manifestar o apoio à moção de censura.
No final da reunião parlamentar relativamente à moção de censura apresentada pelo CDS-PP, Pedro Passos Coelho anunciou que o “PSD apoia” a iniciativa.
Apesar de não “termos tradição de apresentação deste tipo de processos isso não impede que o partido não partilhe do sentimento de indignação e de revolta com o falhanço do Estado desde a situação de Pedrógão”, comentou.
Para o ainda presidente do partido, foram “cometidos os mesmos erros [face a junho]. E o Governo não teve a humildade e o sentido de Estado de falar à nação".
Além disso, ressalva o político, “o primeiro-ministro fez graça pública com a possibilidade do afastamento da ministra da Administração Interna. Esta situação só demonstra que António Costa só aceita as decisões perante a inevitabilidade. Trata-se de uma clara falta de liderança no processo”.
Perante as circunstâncias, defende Passos Coelho, impõe-se “um pedido de desculpa do Estado porque, independentemente da responsabilidade direta dos membros do Governo, foi o Estado que falhou clamorosamente”.
Ainda ontem o Presidente da República “sentiu que essa era uma perda pesada e o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, na sua posição, não tem nenhuma obrigação executiva. E o Governo, que dirige a administração, acha que não é nada com ele?”, interroga-se o ainda líder do PSD.
Para Pedro Passos Coelho, o Governo deve, “em primeiro lugar, mostrar humildade e fazer um pedido de desculpa ao país. O primeiro ministro demitiu-se das suas responsabilidades e deixou que a ministra da administração interna aguentasse as críticas porque assim não eram dirigidas a ele. Enquanto cidadão, sinto vergonha pelo que se passou no país”.
Questionado pelos jornalistas sobre se António Costa se deve manter no Governo, o ex-primeiro-ministro é categórico ao afirmar que Costa “não tem condições para inspirar confiança ao país nomeadamente para fazer o contrário do que fez até hoje. O país não merecia ter um Governo que se comportasse desta maneira”.
Fonte: Noticiasaominuto
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