O
homem vive dias difíceis, em meio a todo tipo de doenças, ameaças
de guerras, terrorismo e outros desequilíbrios sociais. O ser humano
está dilacerado, perdido e desesperado. Violência, injustiças,
morte e corrupção são lugar-comum na sociedade e muitos já
perderam a esperança de que alguém seja capaz de apresentar alguma
saída.
A
confiança e a esperança nas instituições há muito que está numa
crise total. As pessoas deixaram de confinar umas nas outras.
Contudo, continuam a depender uma das outras, vai-se lá saber
porquê! A autonomia, a liberdade que conquistaram não lhes basta.
No sofrimento, na doença, no luto, no desespero, pelo caminho das
vicissitudes da vida, cruza-mo-nos uns pelos outros, sempre de olhos
cravados no chão. Porque será? A que se deve este comportamento?
Porque
deixou de haver confiança, aquela confiança genuína que em tempos
havia, em que à palavra era atribuído mais valor do que ao
dinheiro.
Diziam
os mais velhos que:”quem não confia, não é de confiar”.
Confiei demasiado em certas pessoas, que ocupam lugares com algum
relevo, e delas dependem algumas decisões justas, outras nem tanto.
Tenho cá para mim, que algumas decisões são tomadas com o intuito
de prejudicar, chatear, condicionar, senão mesmo para demonstrar
que, ali quem manda são elas, ponto. Não são dignas de lá
estar...
O
descrédito nas instituições sustentadas com o dinheiro dos
impostos, pagos com língua de palmo tornou-se assustador. Logo o
sentimento do medo minou tudo, até a coragem de manifestar o
desacordo. Se entra pelo caminho desse atrevimento, a perda do
emprego pode estar iminente. Assim se passa à subjugação, ao
servilismo, qual animal a saciar a fome com as migalhas que caem da
mesa do senhor.
Bem
podia revelar as instituições e as pessoas em quem confiei
cegamente, como ainda as maldades praticadas. Se cada um colhe o que
semeia, há-de chegar a vez delas colherem o que semearam, apesar de
andarmos por aqui neste mundo emprestados, mais empenhados em
infernizar a vida do próximo do que manifestar gestos solidários.
J.
Carlos
Director
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