O
Biocant esteve em destaque no último dia da Web Summit, a
mais prestigiada conferência internacional de inovação,
tecnologia e empreendedorismo e o maior encontro de startups
do
mundo. De 6 a 9 de novembro, o evento fez concentrar em Lisboa mais
de 60.000 participantes, milhares de empresas nacionais e
estrangeiras, incluindo inúmeros
presidentes executivos, bem como cerca de dois mil jornalistas
oriundos de 165 países.
Em
representação do parque de biotecnologia sedeado em Cantanhede
esteve o presidente do Concelho de Administração, João Moura, que
participou na Health Conference, juntamente com Brendan
Kennedy, CEO da Tilray, empresa canadiana do setor farmacêutico que
recentemente se instalou em Cantanhede atraída pelas condições do
núcleo industrial do Biocant. Este foi o mote da intervenção de
João Moura numa das sessões da Web
Summit, onde destacou “a
atratividade do parque para investimentos empresariais do setor da
biotecnologia e do campo das ciências da vida, até porque podem
tirar partido da existência de laboratórios e centros
de investigação com diversas valências e
que
dispõem de serviços e soluções de ponta na transferência de
tecnologia em biotecnologia e áreas correlacionadas”
Na
sessão da da Web Summit, aquele
responsável adiantou que o facto de "o Biocant ter
dezenas de empresas e entidades onde cerca de 300 quadros altamente
qualificados trabalham em projetos de I&D favorece a
transferência de conhecimento tecnológico e científico para o
setor empresarial, é uma mais-valia que torna Cantanhede numa porta
de entrada em Portugal para empresas que queiram fazer grandes
investimentos em setores de elevado valor acrescentado e forte
componente tecnológica”.
Segundo
o presidente do Conselho de Administração do Biocant, “isso
já está a acontecer, começou há algum tempo com a instalação de
uma empresa industrial que produz um fungicida
biológico a partir da transformação do tremoço e cuja produção
se destina na totalidade à exportação, continuou com o
investimento de 20 miolhões de euros na grande unidade industrial
do setor agroalimentar que já iniciou atividade e prossegue agora
com a aposta da Tilray, também de cerca de 20 milhões de euros, na
produção e transformação da canábis para fins medicinais”.
O
CEO da empresa canadiana interveio também na Health
Conference da Web
Summit, onde explicou que toda a estrutura deverá estar concluída
até março 2018, incluindo campos de cultivo, estufa de 10 mil m2,
instalações de processamento de 1.500 m2,
laboratório interno e banco genético. A capacidade de produção
global será de 62 toneladas anuais.
Brendan
Kennedy disse ainda que “a
segunda fase do projeto está prevista até 2020, com mais 15 mil m2
de espaço de cultivo em estufa e 1.500 m2
destinados de área coberta para processamento, devendo ser criados
mais 100 postos de trabalho”.
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