A presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Cidália Ferreira, foi uma das oradoras da conferência “Olhar além do fogo: a nossa floresta”, que se realizou no dia 19 de fevereiro, no Auditório A da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
A conferência inseriu-se no âmbito da 3ª edição do Economia Viva, organizado pela Students’ Union da Nova School of Business & Economics e pelo Nova Economics Club (NEC), que decorre entre 19 e 23 de fevereiro nestas instituições.
A 3.ª edição de Economia Viva conta com economistas nacionais e internacionais, bem como com membros do governo e da política e representantes de importantes empresas, que discutirão temas da atualidade sobre Economia e Política.
A presidente da Câmara recordou o “fatídico dia para o concelho da Marinha Grande”, que “fez desaparecer as árvores centenárias, fez desaparecer mais de 20 milhões de árvores, entre as quais os pinheiros que levam pelo menos 75 anos a atingir a altura que tinham e a dar a melhor madeira do nosso País, fruto do ADN que se foi apurando ao longo dos prováveis mais de 800 anos deste pinhal”.
Cidália Ferreira recordou que “para além da madeira, da produção da riqueza que ao longo dos anos deu ao País, e que ia alimentando as despesas de outras Matas Nacionais, (e que também por essa razão foi perdendo a sua melhor capacidade de gestão, em recursos humanos e financeiros), foi sendo escola silvícola e exemplo de ordenamento florestal para estudiosos nacionais e estrangeiros”.
Na perspetiva do tema para o qual foi convidada, “Olhar além do fogo”, a presidente salientou que restam “1000 hectares lindos para cuidar e cerca de 10.000 hectares para reflorestar” através da plantação de mais de 20 milhões de árvores”. “Temos 10 duros anos pela frente, para tudo dar a esta nova floresta, sabendo que a tarefa será árdua e difícil, mas que temos de a deixar com uma nova visão de futuro”, continuou.
Com essa determinação, foi citada a recém criação do Conselho Científico e o Observatório Local que visa planear e definir estratégias de reflorestação do Pinhal do Rei.
Cidália Ferreira reivindicou que “a reflorestação e a criação do Museu da Floresta tem de ser um contributo imediato, para prestar a homenagem que todos os portugueses lhe devem e para deixar esta herança, acreditando que os valores da História, são o contributo que constroem a Humanidade”.
Declarou ainda que “o concelho da Marinha Grande precisa que todos se juntem a esta tarefa e precisamos que levem bem longe a nossa palavra e a nossa história”.
Além de Cidália Ferreira, participaram na referida conferência Tiago Oliveira, diretor da Estrutura de Missão para a Gestão Integrada de Fogos Rurais; e Clemente Manuel Pedro Vicente Nunes, professor do Instituto Superior Técnico.
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