A Simoldes anunciou hoje um investimento de 20 milhões de euros num centro de testes para o grupo em Oliveira de Azeméis e a contratação de 400 colaboradores este ano em Portugal.
Essa necessidade de recursos humanos resulta do plano de investimentos que o grupo tem vindo a concretizar nos últimos cinco anos e que, segundo António Rodrigues, fundador da marca, já se traduziu "num montante global de investimento de cerca de 140 milhões de euros" e será reforçado a nível mundial com mais 115 milhões em "inovação e globalização", nomeadamente com "a abertura de novas unidades em Marrocos, Polónia, México, Espanha e Estados Unidos".
Para melhor responder a esse crescimento, a Simoldes inaugurou hoje com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, o Centro de Abate e Fresagem, um investimento de 36 milhões de euros, que vai concentrar num mesmo espaço todo o corte de aparas e limalhas, que até agora estava disperso por várias unidades do grupo.
O investimento incluiu a construção de raiz de uma estrutura com 3.000 metros quadrados, a deslocalização de máquinas que já antes estavam afetas a fresagem em outras unidades do grupo e a aquisição de novo equipamento para as fábricas que entretanto ficaram sem esses recursos.
Líder mundial no fabrico de moldes para o setor automóvel, a marca também lançou hoje a primeira pedra do Centro de Testes do Grupo Simoldes, unidade que vai custar cerca de 20 milhões de euros e deverá ficar operacional em finais de 2019, destinando-se a avaliar o desempenho dos produtos das várias unidades do grupo em ambientes que simulem as condições reais da sua utilização final.
O volume de negócios da Simoldes ultrapassa os 600 milhões de euros, mas a perspetiva de António Rodrigues é que, "com toda esta dinâmica e investimento, aliados a potenciais aquisições", esse valor possa aumentar de forma significativa até 2023".
"Pretendemos alcançar no espaço de cinco anos um volume de negócios superior a 1.000 milhões de euros", sublinhou.
Tendo na sua génese a fábrica homónima fundada em 1959, o Grupo Simoldes integra hoje 32 empresas em vários países, exibe "uma orientação exportadora direta e indireta de praticamente 100%", lidera as exportações nacionais do setor ao absorver 20% das transações com o mercado externo e emprega "mais de 5000 colaboradores" em todo o mundo.
Para António Rodrigues, não se pode, por isso, esquecer "a vertente humana necessária para concretizar tal crescimento", pelo que o comendador prevê "que durante o ano de 2018 sejam criados 400 novos postos de trabalho" nas unidades portuguesas do grupo.
Se também se considerarem as necessidades de recursos humanos das novas unidades que o Grupo Simoldes pretende abrir no exterior, o diretor comercial da divisão de moldes, Carlos Seabra, garante que em 2019 o número de trabalhadores atinja "seguramente 6.000 pessoas".
Lusa
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