A Assembleia Municipal de Cantanhede aprovou, por unanimidade, a assunção do compromisso financeiro plurianual relativa à execução da primeira fase da Rede Ciclável Urbana de Cantanhede através de uma empreitada já adjudicada pela autarquia por 460.058 euros e cujo prazo de execução é de 360 dias. Foi na reunião plenária de 26 de fevereiro, que o órgão deliberativo da edilidade cantanhedense deu luz verde ao início da obra que a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, classifica como “estruturante para a cidade, sobretudo porque abre caminho a um processo que visa estimular a mobilidade sustentável baseada no uso da bicicleta nos movimentos pendulares dos residentes”.
A ciclovia é um investimento inscrito no PEDU - Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Cantanhede, contando com uma comparticipação comunitária de 75% dos custos elegíveis, nos termos da candidatura aprovada para o efeito no âmbito do Portugal 2020. Com uma extensão de 7,5 Km, o traçado a executar contempla vários troços de uma rede que permitirá fluxos de mobilidade em bicicleta no núcleo urbano da cidade e deste para áreas da envolvente que registam maior afluência diária de residentes, designadamente através das ligações à zona das escolas (Secundária Lima de Faria, EB 2,3 Marquês de Marial e Centro Escolar), bem como a vários locais do forte polo empregador centrado na zona industrial de Cantanhede e no Biocant Park. O projeto contempla mais cerca de 5 Km de ciclovia a executar numa segunda fase, perspetivando-se ainda, a médio prazo, a possibilidade de fazer crescer a rede para outros lugares.
Conforme explicou Helena Teodósio, “a candidatura da Rede Ciclável Urbana da Cantanhede aponta como principal objetivo promover a substituição do automóvel pelo uso da bicicleta nos fluxos pendulares dos residentes. O programa de financiamento tinha essa especificidade, não contemplava projetos orientados para a vertente de lazer, o que explica a opção por este traçado, sendo certo que ele representa uma grande valorização para a cidade e grandes benefícios para as pessoas”.
Segundo a presidente da Câmara, “do ponto de vista da orografia do território, Cantanhede tem excelentes condições para que a ciclovia resulte em pleno. É uma cidade plana, o que facilita imenso o uso da bicicleta e nós acreditamos que isso se vai intensificar com a rede ciclável, pois além de garantir segurança vai ser suficientemente abrangente ao ponto de permitir que as pessoas se desloquem desse modo nos seus movimentos diários dentro do perímetro urbano e entre este e algumas zonas periféricas com maior afluência”.
A autarca lembra ainda que, “noutro âmbito, Cantanhede vai ter uma ecopista na zona poente do território com ligação à Figueira da Foz e a Mira”. Com um percurso a rondar os 83 quilómetros que irá ser integrado na rota Eurovelo 1, a referida ecopista representa um investimento de 1,2 milhões de euros comparticipado por fundos comunitários, no âmbito da rede europeia de no âmbito da rede europeia de ciclovias.
Quanto à execução da primeira fase da rede ciclável da cidade de Cantanhede, “a obra será iniciada logo que estejam concluídos todos os aspetos processuais da empreitada já adjudicada”, referiu na Assembleia Municipal o diretor do Departamento de Urbanismo, António Coelho de Abreu. Segundo este responsável “trata-se de um projeto muito interessante para a cidade e não anteveem especiais dificuldades na sua execução. Há um ou outro local do percurso com estrangulamento, mas são situações muito pontuais que serão ultrapassadas com relativa facilidade. O mapa de expropriações para resolver essas situações está definido e os proprietários já estão identificados”, concluiu.
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