quinta-feira, 8 de março de 2018

Elementos da Filosofia Política - Elementos da Filosofia Política - Origem da Política

Resultado de imagem para Elementos da Filosofia Política - Origem da Política
Esta palavra surgiu na Grécia, da união de duas palavras importantes: pólis, que significa cidade, e tikós, que significa bem comum. Por isso, quando se fala em política, fala-se em ralação de poder, poder que vem do povo e que em um processo de escolha é atribuído a algumas pessoas que, em nome do povo, deverão cuidar do bem comum da cidade, do Estado, do País, ou seja, do bem comum dos cidadãos.

Na vida diária, as pessoas se referem à política como a acção do Estado e da organização institucional. Assim, o termo é utilizado para descrever a actividade parlamentar de um determinado político eleito, a acção dos partidos políticos por ocasião de campanhas eleitorais, ou ainda, para se referir ao ato de votar e escolher representantes que exercerão mandato e decidirão em nome dos eleitores.

Também se emprega o termo para expressar a multiplicidade de situações em que a política se manifesta: política económica, política sindical, política ecológica, política das igrejas. Nesse sentido, entende-se a política como a actuação de instituições ou de segmentos da sociedade civil com a finalidade de alcançar determinados objectivos. Trata-se, pois, de uma política reduzida aos espaços institucionais, dos quais os indivíduos participam ocasionalmente.

No entanto, a política não diz respeito apenas aos políticos, mas a todos os cidadãos. Considerando que a pólis caracterizava-se como uma unidade de vida social e política autónoma, da qual os cidadãos gregos participavam activamente, decidindo sobre os destinos da cidade.

A política apresenta-se hoje como a arte de governar, de actuar na vida pública e gerir os assuntos de interesse comum. Não se restringe à actividade desenvolvida no âmbito do Estado, mas faz parte de nossa vida, permeia todas as formas de relacionamento social; no trabalho, na escola, nas ruas, no lazer e na igreja.

A Indiferença Política 

O desinteresse da maioria dos indivíduos pelos assuntos públicos é um dos grandes problemas políticos a enfrentar nas sociedades modernas. As formas de delegação do poder, a formação de um comportamento social unificado pela actuação dos meios de comunicação de massa e o individualismo são algumas das causas da indiferença política.

Além dos que não participam por desconhecer o seu papel no processo político, há os indiferentes conscientes, os que compreendem a situação mas não tomam partido, encarando a vida política com cepticismo.

Em ambos os casos, a indiferença e a consequente passividade desempenham um papel desagregador na política. Os indivíduos cuidam de suas actividades pessoais e deixam as decisões políticas nas mãos de pequenos grupos que, movidos por ambições e paixões particulares, traçam os destinos de um povo.

Da indiferença dos indivíduos podem nascer as políticas autoritárias, a corrupção e demais formas de desmandos. A falta de transparência na política, a concentração do poder nas mãos de profissionais da política, bem como a ausência de controle e de cobrança da sua actuação, ocorrem, em grande parte, porque muitos se omitem, tornam-se apáticos, renunciam à possibilidade de criar alternativas de intervir na política.

Quando os males acontecem, os indiferentes eximem-se da responsabilidade, porque não participaram activamente da construção dos factos. Esquecem-se de que a ausência e a omissão também são formas de participação.

Participação Política

O caminho para discutir e propor uma nova direcção à sociedade passa pela vida de cada um de nós, pela nossa participação na organização de movimentos sociais que defendam os direitos e interesses da comunidade. Existe um grande número desses movimentos reivindicatórios, como movimentos estudantis, comunidades de base, movimentos de luta pela moradia, movimentos de luta contra o desemprego entre outros. Todos tem um significado político, pois defendem interesses colectivos que implicam mudanças sociais efectivas.

Esses movimentos, nascidos da necessidade de resolver problemas quotidianos não enfrentados pelas instituições públicas responsáveis, são de vital importância para a construção da cidadania. Organizados a partir da vontade e determinação de indivíduos e grupos sociais em defesa de seus direitos, rompem os limites estreitos oferecidos pelo Estado à participação do cidadão e redefinem a política, mostrando-a como actividade dinâmica de acção efectiva. Da discussão de problemas imediatos, esses movimentos avançam para a compreensão do conjunto de relações em que certo problema está inserido, descobrem sua capacidade de criar soluções e, muitas vezes, percebem a necessidade de transformações radicais. À medida que se organizam internamente, esses grupos constroem a vida colectiva, a comunidade, e conseguem externar sua força de reivindicação.

As possibilidades de mudanças são maiores quando a sociedade civil se organiza e participa activamente da política. Nesse processo, os indivíduos se renovam, amadurecem e compreendem que a cidadania deve ser construída e conquistada através da participação, para alcançar os interesses da colectividade.

Por Professor Aloíso


Nenhum comentário:

Postar um comentário