Tribunal deu como provados os crimes. Arguido ouviu sentença por videoconferência
Pedro Dias foi condenado a 25 anos de prisão pelos crimes cometidos em Aguiar da Beira em outubro de 2016. O tribunal da Guarda, onde foi julgado, alterou alguns factos da acusação e agravou a qualificação de alguns dos crimes.
Pedro Dias, que está na cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa, não esteve presente em tribunal, tendo assistido à leitura da sentença por videoconferência.
O Ministério Público pediu a pena máxima de 25 anos de prisão para Pedro Dias, por considerar incoerente e inconsistente a versão que este apresentou em tribunal.
Pedro Dias confessou ter disparado sobre dois militares da GNR - Carlos Caetano, que morreu, e António Ferreira, que ficou ferido -, mas rejeitou responsabilidades nas mortes de dois civis que viajavam na Estrada Nacional (EN) 229, Liliane e Luís Pinto.
Nas alegações finais, a advogada de Pedro Dias, Mónica Quintela, pediu que este seja condenado pelo homicídio privilegiado do militar Carlos Caetano e pela tentativa de homicídio simples do militar António Ferreira, e absolvido dos crimes relativos a Liliane e Luís Pinto.
No que respeita a Lídia da Conceição, que surpreendeu Pedro Dias quando estava escondido numa casa de Moldes, no concelho de Arouca, a advogada considerou que o crime a aplicar deve ser o de ofensas corporais simples.
O advogado Pedro Proença, que representa o militar António Ferreira e os familiares de Carlos Caetano, também pediu a pena máxima de 25 anos de prisão, lamentando que Pedro Dias tenha feito um depoimento que "roça o 'nonsense' e é um filme de muito mau gosto".
A mesma pena pediu o advogado dos familiares de Liliane e Luís Pinto, João Paulo Matias, apesar de considerar que a "justiça terrena" não será suficiente para o punir.
DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário