O sangue e o infortúnio voltaram a ensombrar a Estrada Nacional número sete (EN7) na província de Tete. Cinco pessoas, das quais uma menina, três mulheres e um homem, cujas identidades não foram reveladas, morreram e outras seis ficaram grave e ligeiramente feridas, devido a um sinistro rodoviário ocorrido na segunda-feira (05), no distrito de Moatize.
O acidente, envolvendo uma camioneta que transportava batata reno, do distrito de Angónia para a cidade de Tete, aconteceu na localidade de Caphiridzange, onde as lembranças do trágico sinistro, resultante da explosão de um camião-cisterna, do qual as vítimas retiravam combustível, em Moatize, continuam bastante vivas, mesmo volvido mais de um ano.
Dos seis feridos, três contraíram traumas graves e até ao fecho desta edição permaneciam sob cuidados médicos. As vítimas faziam-se transportar sobre a carga que tinha como destino alguns mercados de Tete. Ao chegar numa descida acentuada, o condutor apercebeu-se de que a viatura já não travava. Tentavas de evitar o pior redundaram em fracasso.
Na sequência, a camioneta despistou e capotou. A Polícia da República de Moçambique (PRM) fez-se ao local e concluiu que problemas mecânicos foram a principal causa da tragédia. Para além deste problema, Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, apontou que foram desrespeitadas as regras elementares de condução.
“A viatura não estava em condições mecânicas para se fazer à via pública", sobretudo para “fazer o transporte de carga pesada”, disse o agente da lei e ordem, respondendo a uma pergunta do @Verdade, durante o habitual briefing à imprensa.
Inácio Dina recordou-se do outro acidente também ocorrido em Tete, na EN7, a 28 de Fevereiro último, o qual causou quatro óbitos e dezenas de feridos.
O sinistro, do tipo despiste e capotamento, numa curva ligeiramente acentuada, a menos de três quilómetros do terminal, envolveu um autocarro da transportadora de passageiros Linhas Terrestres de Moçambique (LTM), que partiu de Maputo.
A questão da sinistralidade rodoviária continua “preocupante. Queríamos reiterar o nosso vigoroso apelo aos condutores”, porque eles é que “têm a maior responsabilidade na via pública”, disse o porta-voz do Comando-Geral da PRM.
Segundo ele, as multas aplicadas pela Polícia de Trânsito (PT) em caso de violação das normas de condução não bastam e não são satisfatórias para estancar o derreamento de sangue e luto nas estradas, porque os acidente têm como principal causa o “comportamento humano”.
Neste contexto, Inácio Dina apelou aos condutores para que reflictam em torno das pessoas morrem por conta de carros e pensem ainda nos sobreviventes que, vezes sem conta, contraem lesões irreversíveis.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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