Em 1776, Adam Smith publicou “A Riqueza das Nações”, e no segundo capítulo deste livro você encontra a frase de um professor aposentado, que vivia numa cidadezinha da Escócia. “Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que nós esperamos o nosso jantar, mas da consideração deles com seus próprios interesses”.
Com a publicação deste livro, Smith resumiu a essência do capitalismo, e escancarou ao mundo que o sistema capitalista é uma efervescência de ações egoístas, mas que apesar da ganância do homem, apesar de um conjunto de interesses nem sempre gentis com a sociedade, é a partir do capitalismo que vem a carne de seu churrasco, a cerveja de seu deleite, o pão que sacia sua fome.
Do capitalismo surge toda esta gama de bens que ativam seu lado consumista e que fazem a vida tão agradável. Claro, se você tiver equilíbrio e bom senso.
O homem precisa ser vigiado e isto é incontestável. O homem é o lobo do homem e isto é incontestável, e notório. Lulla é exemplo, perfeitamente encaixável neste
contexto. Sua criação, “o poste”, idem.
Capitalismo produz riquezas, produz bens para você. Você os adquire com dinheiro que, às vezes chega a seu bolso de forma suada, às vezes, não. Mas isso não importa agora, o que importa é que dinheiro em si não é riqueza, mas ele garante a conquista da riqueza. Por isso, fico indignado com as ações muito egoístas de alguns segmentos inseridos no sistema capitalista, ao observar os juros loucos de nossos bancos, os serviços ruins de nossos planos de saúde privada, os péssimos serviços de telefonia e provedores de internet. Tudo caro e de qualidade ruim. Fruto de egoísmo exacerbado, e de nenhuma consideração pelo seu semelhante.
Empresários acomodados, letárgicos, que assistem BBB e não leem Edward
Deming. Meu Deus, que país é esse? O que fazer?
Vamos continuar a ouvir Lulla falar asneiras? Continuar a acreditar neste indivíduo que é a pior desgraça que aconteceu a este país? Acreditar na candura de Dilma, e em sua capacidade administrativa? Acreditar que o BNDES
agiu acertadamente ao financiar bilhões de dólares, na economia de países liderados por tiranos do socialismo bolivariano? Acreditar nas mentiras nojentas de Eduardo Cunha, de Renan Calheiros, e de tantos outros que se locupletaram, e se inebriaram com um poder fugaz? Acreditar em papai noel? Em fadas, em duendes, em gnomos?
Está puxado demais, gente! É preciso perspicácia, e agir e derrubar esta corja que infesta nossos governos, órgãos e instituições, agora verdadeiros antros.
O primeiro passo é derrubá-los! Depois a gente vê. É assim que penso, e por isso
alerto, e por isso escrevo.
O trabalho dignifica o homem, sempre. Nestas madrugadas que divago, reflito e
converso com Deus, percebo que trabalhar é enriquecer nosso intelecto, percebo que ofertar nosso conhecimento, e talvez, a nossa sabedoria ao leitor que nos prestigia, ao próximo que nos escuta, é algo que dá uma satisfação danada de boa. Independente de qualquer moeda corrente. Quiçá nossos homens públicos leiam, e se sensibilizem com estas linhas.
O que eu defendo mesmo é capitalismo com humanismo! O amor cristão tem tudo a ver com isso.
João António Pagliosa - Engenheiro Agrónomo
Curitiba, 22 de abril de 2018
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